Farc consideram participação popular essencial nos diálogos 

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) consideraram que a participação popular nas conversas com o governo é essencial para o fim do conflito armado no país. 

Ricardo Tellez - Farc

Pouco antes de instalar no Palácio de Convenções a oitava jornada da mesa de diálogo, o representante da guerrilha,Ricardo Téllez, reiterou o convite para que os diferentes setores da sociedade colombiana contribuam com a busca pela paz.

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Em uma carta aberta à Comissão de Paz do Congresso da nação sul-americana, as Farc-EP destacaram o trabalho realizado pelas mesas regionais, fóruns criados para debater os temas incluídos na agenda das conversas, como a terra e a participação política.

Desde a instalação da mesa de diálogo, a delegação do governo, encabeçada pelo ex-vice-presidente Humberto de la Calle, não fez comentários nem declarações à imprensa.

As partes só emitiram um comunicado conjunto desde que começaram as conversas, o que consistiu na ativação de um espaço para a participação cidadã no processo de paz, particularmente no tema da terra, identificado como a origem e o aprofundamento do conflito.

Segundo o acordo anunciado no domingo (25), a guerrilha e o Executivo solicitaram às Nações Unidas na Colômbia e ao Centro de Pensamento e Acompanhamento ao Diálogo de Paz da Universidade Nacional que organizem e sirvam de relatores nos debates de um fórum sobre desenvolvimento agrário integral convocado para o próximo mês em Bogotá.

Nesse sentido, fixaram para o dia 8 de janeiro de 2013 a recepção na mesa de diálogo, que tem Cuba como sede permanente, das conclusões do encontro, em aras de utilizar os critérios e propostas da cidadania para enriquecer o mecanismo encaminhado a buscar a paz.

Anteriores jornadas foram marcadas por anúncios e demandas das Farc- EP, como a decisão de estabelecer um cessar fogo unilateral de ações ofensivas por dois meses (até 20 de janeiro de 2013) e a solicitação ao presidente estadunidense, Barack Obama, de um indulto para Simón Trinidad.

Trinidad faz parte da equipe da guerrilha para as conversas, mas cumpre 60 anos de prisão nos Estados Unidos, para onde foi extraditado em 2004.

Com respeito aos detalhes do que acontece nas conversas, os interlocutores têm mantido discrição, ainda que as Farc-EP têm feito algumas avaliações.

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Fonte: Prensa Latina