México: Peña Nieto assume Presidência; movimentos protestam

Enrique Peña Nieto assumiu neste sábado (1º) a Presidência do México em uma cerimônia realizada no Palácio Nacional, sede do Poder Executivo, antes do ato solene de posse perante o Congresso. Estão previstas manifestações convocadas pelos jovens do movimento YoSoy132, militantes do Partido da Revolução Democrática (PRD) e do Movimento Regeneração Nacional (Morena), liderado por Andrés Manuel López Obrador, que ficou em segundo lugar nas eleições e não reconhece a vitória de Peña Nieto.

Peña Nieto - Gabinete Presidencial/AP

Na cerimônia de transferência do poder, pouco após a meia-noite local, Felipe Calderón entregou a bandeira do México ao seu sucessor, do Partido Revolucionário Institucional (PRI) e vencedor das eleições de 1º de julho. "Concluímos uma transição governamental ordenada, legal e transparente", expressou Peña Nieto ao concluir o ato solene que durou cinco minutos, e no qual os presidentes se cumprimentaram, mas sem trocar palavras.

Em seu discurso, Peña Nieto disse que iria priorizar a criação de postos de trabalho, assim como combater o tráfico de drogas. "Hoje começo a exercer o honroso cargo de presidente" do México, afirmou

Imediatamente depois da mudança de comando presidencial foi feito o juramento dos membros do novo gabinete de segurança, integrado por Miguel Ángel Osorio Chong, que ficará à frente da Secretaria de Governo; Salvador Cienfuegos Zepeda, como titular da pasta da Defesa Nacional; e Vidal Francisco Soberón Sanz, como secretário da Marinha.

O novo presidente, um advogado de 46 anos com imagem de galã que diz representar uma nova geração do Partido Revolucionário Institucional (PRI) – que governou com mão de ferro o México entre 1929 e 2000, quando foi derrotado nas urnas pelo Partido Ação Nacional (PAN), ao qual pertencem Calderón e seu antecessor, Vicente Fox.

As cerimônias de troca do poder continuarão às 10h (14h de Brasília), quando Peña irá jurar o cargo na sede da Câmara dos Deputados, de onde voltará ao Palácio Nacional para pronunciar, às 11h40, sua primeira mensagem ao país como presidente. O ato na Câmara poderá ser alvo de protestos dos legisladores da oposição de esquerda.

O México está imerso em uma onda de violência que deixou dezenas de milhares de mortos e desaparecidos como consequência dos conflitos entre traficantes que disputam as rotas entre os Estados Unidos e a guerra que Calderón iniciou em 2006 para combatê-los.

Da Redação do Vermelho,
com informações da Efe