Brasil questiona sionistas sobre assentamentos ilegais

O embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, foi chamado nesta terça-feira (4) ao Ministério das Relações Exteriores para ouvir o protesto do governo brasileiro à retomada da construção de assentamentos em territórios palestinos. O Brasil é contra os assentamentos por considerar que atrapalham as negociações de paz com os palestinos.

O Brasil defende um acordo no qual convivam dois Estados – o de Israel e o da Palestina, alternativa rejeitada pelos sionistas israelenses, que mantêm uma estratégia de limpeza étnica e extermínio dos palestinos.

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José Reinaldo: A vitória dos palestinos e das forças solidárias

Eldad conversou com o subsecretário de África e Oriente Médio, embaixador Paulo Cordeiro. Na conversa, Cordeiro reiterou que, para o Brasil, os assentamentos são ilegais e não colaboram com o processo de paz na região. Ele disse ao embaixador israelense que a retomada da construção de assentamentos não contribui positivamente para a busca pelo fim dos conflitos.

O encontro de Eldad com Cordeiro foi confirmado pelo Itamaraty e pela Embaixada de Israel no Brasil. Porém, a assessoria da embaixada informou que aguardava instruções do governo em Israel para fazer manifestações sobre o encontro. Não forneceu mais detalhes.

Na segunda-feira (3), os embaixadores de Israel no Reino Unido, na Espanha, na Dinamarca, na França e na Suécia foram chamados também para ouvir críticas dos respectivos governos destes países aos assentamentos ilegais. Para parte da comunidade internacional, a insistência de Israel em expandir os assentamentos é considerada negativa.

Um dia depois de a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovar o status de Estado observador para a Palestina, o governo de Israel retomou as construções dos assentamentos. As residências são construídas em áreas ao redor da Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental, agravando a tensão entre israelenses e palestinos. No total, são 3.000 casas.

O povo palestino tem como opção seguir na luta pela conquista do seu Estado nacional soberano com as fronteiras de antes da guerra de 1967, o retorno dos refugiados e com capital em Jerusalém Oriental, território usurpado pelos sionistas israelenses.

Na semana passada, de 29 de novembro a 1º de dezembro, realizou-se no Brasil, na cidade de Porto Alegre (RS), o Fórum Social Mundial Palestina Livre, no qual entidades dos movimentos sociais e de solidariedade, pacifistas e anti-imperialistas, manifestaram plena solidariedade à luta do povo palestino.

Da Redação do Vermelho, com agências