Fernando Szegeri revela a alma sentimental em crônicas

O sambista e advogado Fernando Szegeri estará amanhã, 5, no bar Sabiá, na Vila Madalena. Pra beber, é verdade, mas também pra compartilhar com os presentes crônicas escritas por ele entre os anos de 1990 e 2011 e agora reunidas no livro “Outono do Meu tempo”, que será lançado na referida data, a partir das 19h.

Fernando Szegeri Inimigos do Batente - Carolina Andrade

Formando em Direito pela PUC-SP e Filosofia pela USP, o comunista Szegeri, que é cantor e produtor cultural, dedicou-se nas últimas duas décadas às reflexões sobre o homem brasileiro e alguns de seus mais caros prazeres como o samba, a boemia, a política, o carnaval, o amor, a solidão, todos assuntos que motivaram algumas das crônicas do livro.

Em uma terra como São Paulo em que prazeres singelos são encarados pelo poder público como perturbação da ordem, os textos, originalmente publicados no blog Só Dói Quando eu Rio, de Szegeri, tornaram-se um misto de refúgio e manifesto de resistência para os “os poucos mas fiéis leitores” do Só Dói.

A crônica Butequim que se Preza, publicada no blog em 30 de novembro de 2010, que registrou inúmeros comentários complementando “ao gosto do freguês” a frase sugerida, dá a medida da personalidade do Szegeri que “tem o mau vício de não ouvir abobrinha calado”, como ele próprio diz.

A primeira frase da crônica diz “Butequim que se preza, ninguém sabe o endereço; só sabe chegar”. A última frase: “Em butiquim que se preza, nada é proibido. Mas nem tudo é permitido.” E ali pelo meio: “Em butiquim que se preza, todo mundo sabe o nome de todo mundo. Mas ninguém sabe o sobrenome de ninguém”.

Fernando Szegeri , que faz parte do grupo Inimigos do Batente, é integrante do núcleo de sambistas do PCdoB da Capital.

SERVIÇO

Lançamento do livro “Outono do Meu Tempo” de Fernando Szegeri

Dia: 5 de dezembro

Hora: 19h

Local: Bar Sabiá (Rua Purpurina, 370 – esquina com a rua Fidalga)

De São Paulo, Railídia Carvalho