Organizações destacam papel da sociedade em processo de paz

A sociedade civil colombiana desempenha um papel protagonista no Encontro Internacional Povos Construindo Paz, que termina nesta quinta-feira (6), asseguraram os participantes do encontro. 

As jornadas do encontro, que começou na última terça-feira (4), abordaram o histórico das lutas sociais que conduziram ao processo de diálogo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) e o governo de Juan Manuel Santos. 


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As 10 organizações sociais convocadas coincidem que os diálogos que ocorrem em Cuba, em busca de uma solução do conflito político, social e armado, é só o primeiro passo para a materialização de uma paz. “Sua construção requer a participação massiva de todos os setores do país”, asseguram

O delegado da Coordenação dos Movimentos Sociais, Omar Fernández, destacou que “um novo modelo de nação é a fórmula apresentada, com a unidade como norte do caminho para uma paz com justiça social, que responda ao clamor e necessidades das vastas camadas populares”.

Por sua vez, os integrantes do Congresso para os Povos, Alexandra Bermúdez e Edgar Mujica falaram sobre a necessidade de agrupar os esforços das organizações sociais para construirem ao processo. Também defenderam a importância de incluir o exercício do diálogo ao Exército de Liberação Nacional (ELN), que, recentemente, reiterou sua vontade de integrar-se ao diálogo. Enquanro, Mujica apostou por “uma legislação que inclua a todos”.

Um dos porta-vozes da Marcha Patriótica, David Flores, opinou que “o Estado colombiano liga a paz a não transformar nada e silenciar os fuzis, mas a outra paz, a das pessoas comuns é totalmente diferente”.

No entanto, o destacado jurista Alirio Uribe, do Movimento de Vítimas dos Crimes de Estado, pediu para preservar o processo, empreendido pelas Farc e o governo, “dos inimigos que rondam”.

Da cadeia, onde permanecem reclusos integrantes do Movimento dos presos políticos pela paz, chegou uma mensagem para o encontro, onde solicitaram a presença na mesa de diálogo de Simón Trinidad, que completa condenação de 60 anos imposto pelos Estados Unidos.

Além disso demandaram a repatriação dos guerrilheiros das Farc, Sonia e Iván Vargas, presos nos EUA. “Não fomos nós que iniciamos este conflito”, expressa a mensagem. O encontro se caracterizou pela ampla participação e a riqueza das propostas e análises. Há um consenso que a grande proposta do fórum, que acabará nesta quinta-feira (6), seja manter viva a mobilização social pela paz mediante um trabalho das plataformas sociais. Como sujeito político e coluna vertebral desta mobilização atuaria a Rota Social Comum pela Paz.

Veja o especial do Vermelho sobre os Diálogos de Paz aqui

Fonte: Prensa Latina