Edvaldo fala da gestão em encontro com jornalistas

Edvaldo, que adiou uma viagem à Brasília para comparecer ao encontro, respondeu a todos os questionamentos do público e fez um breve balanço dos seis anos em que está chefiando o executivo municipal. O jornalista Chico Freire, um dos organizadores do evento, abriu a rodada de perguntas questionando o prefeito sobre o seu maior motivo de orgulho e sua maior tristeza durante sua administração.

Nogueira destacou sua felicidade em poder afirma que nunca antes, em um período de apenas seis anos, se fez tanto por Aracaju como em sua administração. “Isso em investimentos, obras, recursos, na política de valorização do servidor, de responsabilidade social e por termos uma economia tão pujante. Faço esse desafio em qualquer tema, qualquer ponto e momento”, pontuou, acrescentando que construiu 90km de ciclovias e realizou 400km de recapeamento asfáltico em 72 meses.

Lembrando que nos últimos seis anos foram investidos cerca de R$400 milhões na cidade, Edvaldo falou que sua administração fica marcada por resolver os problemas do presente, preparando a capital para o futuro: “Construímos um bairro novo onde vivem pessoas que foram retiradas de favelas e invasões, retiramos famílias de áreas de risco e, diferentemente de administrações anteriores que colocavam desabrigados em escolas e nas baias do Parque João Cleofas, oferecemos auxílio-moradia a 1.970 famílias que estão vivendo em casas dignas”.

Educação

O chefe do executivo municipal destacou também as realizações na área da Educação que vem passando por um processo revolucionário que vai, desde a modernização do ensino, à entrega de fardamento gratuito – fato inédito na história da cidade: “Em seis anos, nunca se reformou e construiu tanta escola. Temos 50% dos alunos da rede pública utilizando computadores em modernas salas de aula, muitas já equipadas com lousas digitais, rede wi-fi em fase de implantação e os professores da rede receberam, este ano, um reajuste de 16%”, enfatizou.

O prefeito confidenciou aos presentes que irá solicitar ao PCdoB que faça cópias dos seus programas eleitorais no ano de 2008 para provar que, além de cumprir todos os seus compromissos de campanha, fez, pelo menos, quatro vezes mais. “Estou deixando, inclusive, recursos em caixa para que o próximo prefeito possa dar continuidade às obras que estão em andamento, como o viaduto da avenida Tancredo Neves, a reforma da antiga Alfândega, a avenida que liga o Manoel Preto à Getimana entre outras”.

Mobilidade

Ainda tratando da futura gestão da capital, Edvaldo afirmou que estará em Brasília nesta sexta-feira, ao lado do seu adversário político e futuro prefeito de Aracaju, para angariar os recursos na ordem de RS 104 milhões para obras de mobilidade urbana em Aracaju como a construção de um estacionamento com 1.220 vagas no Centro da capital, construção do Terminal de Integração do Mercado e a criação dos corredores de transporte com as interferências nos locais de estrangulamento. “Embora eu não vá executar as obras, quero deixar mais essa contribuição para que a cidade continue avançando”, contextualizou.

Saúde

A jornalista Adriana Aquino questionou o prefeito sobre a saúde municipal. Edvaldo afirmou que se for feita uma análise despolitizada sobre o tema, a conclusão que se chega é de que foram muitos os avanços se comparado à situação anterior do ano 2000, quando o então prefeito Marcelo Déda, tendo ele como vice, assumiram a Prefeitura.

“O avanço foi grande. Quando assumimos, Aracaju contava com 15 Unidades Básicas de Saúde (UBS); Hoje são 43 com cobertura de mais de 90% do SUS. Em 12 construímos 28 unidades básicas e duas Unidades de Pronto Antendimento (UPA’s) que não existiam. A UPA Fernando Franco, por exemplo, é referência em pediatria e oferece atendimento melhor que muitas clínicas particulares de Aracaju. A UPA Nestor Piva atende, diariamente, cerca de 800 pessoas”.

“Temos problemas, mas estamos fazendo a nossa parte. Hoje aplicamos 21% da receita na saúde, quando a obrigação do município seria aplicar 15%”, relatou o prefeito da capital, citando que hoje, Aracaju tem cerca de 570 mil habitantes e 2,5 milhões de cartões SUS. “Não cuidamos apenas de pacientes que vivem em Aracaju. Diariamente estamos atendendo cidadãos de todo Sergipe e, inclusive, de Alagoas e da Bahia. Tudo isso financiado pela Prefeitura de Aracaju”, concluiu o assunto, avaliando que o problema da saúde não é exclusivo de Aracaju, mas do país inteiro. “Precisamos melhorar sim, mas avançamos bastante”.

Política

Durante o encontro, o prefeito falou sobre política, eleições municipais e foi questionado sobre o assunto de maior destaque esta semana: a reprovação do Proinvest (programa lançado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, cujo objetivo é disponibilizar recursos para os estados investirem em infraestrutura dentro do esforço para retomada do crescimento), que injetaria R$770 milhões na economia do Estado, sendo que cerca de R$ 150 milhões seriam investidos em obras para a capital.

“Foi a maior infelicidade da história de Sergipe. Pela primeira vez, nos 31 anos em que estou na política, vi acontecer um episodio que nunca foi característico da política sergipana: a divisão contra o Estado, a partidarização de algo que não poderia ser partidarizado, que é o bem-estar do povo de Sergipe”, afirmou Edvaldo, revelando que quando estava preparando o Plano de Mobilidade Urbana da capital, tinha até o mês de outubro para entregar os projetos ao Governo Federal e que seu adversário político e futuro prefeito de Aracaju, João Alves, estava em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais.

“Ele é meu adversário, mas o meu interesse é no bem da cidade, no bem do povo de Aracaju. Eu consegui recursos para que João possa construir uma maternidade municipal no bairro 17 de Março. Eu jamais iria rejeitar o recurso porque João é meu adversário. Nunca faria nada para prejudicar a cidade”, ratificou Nogueira, dizendo que os recursos do Proinvest não eram para Marcelo Déda, mas para o povo, para o Estado.

Dever cumprido

Ao final do debate, o prefeito agradeceu o convite e a oportunidade de participar mais uma vez do evento. “A gente tem mesmo que debater, discutir, divergir e estou feliz de poder compartilhar com vocês meus últimos momentos como prefeito. Saio com a sensação de dever cumprido. Fiz o melhor que pude e dei o melhor de mim. Vou continuar trabalhando e vou cumprir o meu papel na política sergipana, que é o de lutar pelo que acredito”, finalizou Edvaldo, agradecendo o apoio dos secretários, servidores e do povo da capital.

Com informações da Agência Aracaju de Notícias