Ceará: Tempo de espera por transplante de córnea cai para 6 meses

Em 15 anos, desde o início do funcionamento da Central de Transplantes da Secretaria da Saúde do Estado, o Ceará realizou 4.981 transplantes de córneas. Esse número representa 58,6% de todos os transplantes de órgãos e tecidos realizados no período, no total de 8.496, até a última quinta-feira, 6 de dezembro.

Em cinco anos, a partir de 2008, com 2.808 transplantes realizados, o Ceará superou o total de transplantes realizados nos 10 anos anteriores, de 1998 e 2007. Até 2008, o tempo de espera por um transplante de córnea era de quatro anos e meio. Atualmente, a espera é de seis meses. A projeção é de que, no primeiro semestre de 2013, o Ceará zere a fila de transplantes de córnea, assim considerada quando a espera não passa dos três meses.

Com esses números, o Banco de Olhos do Hospital Geral de Fortaleza, da Secretaria da Saúde do Estado, comemora o Dia Nacional do Doador de Córnea (13 de dezembro) na quarta-feira, 12 de dezembro, com a programação das homenagens começando às 15h30min. Fundado em 30 de Janeiro de 2006, o Banco de Olhos do HGF é único banco de tecidos oculares do estado do Ceará. O Banco de Olhos funciona 24 horas por dia, atuando em Fortaleza e ainda nas cidades de Sobral e Juazeiro do Norte. O Banco é credenciado pelo Sistema Nacional de Transplantes – dentro dos padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está subordinada a Central Nacional de Captação e Distribuição de Órgãos.

São 12 centros transplantadores de córnea no Ceará – nove em Fortaleza e mais três nos municípios de Barbalha, Juazeiro do Norte e Sobral. Há, ainda, 62 hospitais notificantes em todo o Estado. Neles são feitas as captações de córneas de doadores com morte encefálica e, também, com parada cardíaca, caso em que somente córnea, pele e osso podem ser doados. As córneas captadas alimentam o Banco de Olhos do HGF, maior transplantador do Ceará

Nada por escrito

No Brasil, para se tornar doador de órgãos e tecidos não é necessário deixar nada por escrito em nenhum documento. Basta conversar com a família sobre o desejo de ser doador. A doação de órgãos só ocorre após o consentimento da família. É um ato pelo qual o doador manifesta a vontade de que, a partir do momento da constatação da morte encefálica, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas.

Fonte: Sesa