DF entra no Crack, é Possível Vencer

Em uma força tarefa, GDF e governo federal se unem, pela primeira vez, no combate ao crack. Foi assinado na última sexta-feira o Termo de Adesão do DF ao programa Crack, é Possível Vencer.

Serão R$ 42,2 milhões em repasses e aplicação direta da União até o fim de 2014 destinados a ampliar e inovar no combate ao crack e outras drogas. Uma das principais medidas é a contratação de 500 servidores pelo GDF, que vão atuar nas áreas de saúde, assistência social e seguranças públicas.

O governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz assinou o documento com a ministra de Desenvolvimento Social, Tereza Campello, e a secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, em cerimônia realizada no Salão Branco do Palácio do Buriti. "Enfrentar o crack só é possível por meio de uma política pública integrada e articulada, senão já começaríamos derrotados. Estamos comprometidos em fazer isso não somente como uma política pública, mas também de Estado", afirmou Agnelo Queiroz.

O objetivo do conjunto de ações é aumentar a oferta de tratamento de saúde e a atenção aos usuários de drogas, enfrentar o tráfico e as organizações criminosas, além de ampliar as atividades de prevenção. Dentre elas, a ampliação de serviços de acolhimento, capacitação de profissionais para atuar no programa, aumento na oferta de vagas para tratamento e intensificação do policiamento ostensivo, com instalação de equipamentos de monitoramento.

"O Distrito Federal tem se destacado, inovando em estratégias diferenciadas para a população de rua e exposta ao risco do crack. A assinatura do decreto para a contratação desses 500 servidores é fundamental para o programa chegue a todos. Tenho certeza que o DF será um exemplo na execução do programa", avaliou a ministra Tereza Campello.

Trabalho humanizado

"Antes, o enfrentamento se dava somente por meio de ações na área de segurança pública. É claro que vamos continuar combatendo o tráfico e o crime organizado, mas com um olhar diferenciado sobre o cuidado com o usuário por meio de um tratamento humanizado", defendeu a secretária Nacional de Segurança Pública do MDS, Regina Miki.

No Distrito Federal, o programa é coordenado pela Casa Civil, que também integra o Comitê de Enfrentamento ao crack e outras drogas, criado em maio de 2011 e marco inicial da ofensiva do GDF no combate ao problema. "Das políticas públicas que envolvem o Distrito Federal e a União, o programa Crack, é Possível Vencer é sem dúvida uma das mais importantes porque age sobre uma realidade muito grave, que afeta as famílias e toda a sociedade, e intervém para garantir um futuro melhor para a juventude", destacou o secretário-chefe da Casa Civil, Swedenberger Barbosa.

Lançado em dezembro de 2011, o programa Crack, é Possível Vencer abrange um conjunto de ações entre os Ministérios para enfrentar o crack e outras drogas. Para promover o combate integrado, são previstos investimentos de R$ 4 bilhões da União até 2014, além de trabalhos de articulação com o DF e os estados e municípios.

O objetivo aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários, enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e ampliar as atividades de prevenção. As ações se concentram em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção, por meio da educação, informação e capacitação. A sociedade civil também participa do programa com o monitoramento das iniciativas.

Atendimento: Um serviço telefônico, o Viva Voz 132, foi criado para oferecer atendimento gratuito à população sobre o tema. O canal funciona 24 horas.