FAC homenageia Reynaldo Jardim

Acervo do Fundo de Apoio à Cultura poderá ser livremente consultado pelo público

A comemoração pelos 21 anos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) culmina, na próxima sexta-feira, dia 21, com a abertura do Espaço Reynaldo Jardim, na Secretaria de Cultura. No local, artistas, estudantes e demais interessados poderão consultar livros, DVDs e arquivos digitalizados referentes aos projetos apoiados pelo Fundo. Na ocasião, o secretário de Cultura, Hamilton Pereira, assinará portaria que selará a homenagem ao jornalista, escritor e artista
gráfico falecido em 2011.

A inauguração será a partir das 16h, aberta ao movimento cultural da cidade, e haverá exibição do curta-metragem “Profana Via Sacra”, de Alisson Sbrana, uma homenagem a Reynaldo Jardim. Para o subsecretário de Fomento, Leonardo Hernandes, o novo espaço representa uma conquista para a população, em especial, os artistas. “Trata-se da memória da produção cultural da cidade e da contribuição que o FAC oferece à cultura do DF”, afirma.

O Espaço Reynaldo Jardim contará com computadores e material para consulta, disposto em estantes, e funcionará de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 18h. O endereço é Via N2, anexo do Teatro Nacional.

Sobre Reynaldo Jardim

Jornalista, poeta, artista gráfico, pintor, escultor, Reynaldo Jardim
nasceu em 13 de dezembro de 1926, em São Paulo. Revolucionou ao criar
e editar, nos anos 1950, o Suplemento Dominical e o Caderno B do
Jornal do Brasil, o primeiro caderno jornalístico brasileiro dedicado
às artes. No rádio, concebeu a ideia de unir música e informação.

Nos anos 1960, criou o jornal-laboratório O Sol, precursor da imprensa
alternativa brasileira (“O Sol nas bancas de revistas/Me enche de
alegria e preguiça”, cantou Caetano em Sem Lenço e Sem Documento).
Dirigiu o Correio da Manhã, na época da ditadura militar, quando
driblar a censura era um desafio diário, e realizou reformas
gráfico-editoriais em jornais de todos os cantos do país. Chegou em
1983 a Brasília, onde foi editor de cultura do Correio Braziliense,
criando o caderno ApArte, e diretor executivo da Fundação Cultural do
DF, na qual buscou estimular a produção dos artistas locais.

Como escritor, publicou, entre outros, os livros de poesia Paixão
segundo Barrabás; Maria Bethânia Guerreira Guerrilha e Lagartixa
Escorregante na Parede de Domingo. O FAC apoiou a publicação do livro
Íntima Grafite, a realização do curta-metragem Profana Via Sacra, de
Alisson Sbrana, que homenageia Jardim, e o CD Palavra do Poeta, com
poemas declamados pelo próprio e por artistas locais. Morreu em 1º de
fevereiro de 2011.