Com salários atrasados, professores de Honduras protestam

Centenas de professores ocuparam, nesta quarta-feira (26), a frente do prédio da Secretaria de Finanças do governo de Honduras, em Tegucigalpa. Eles exigem o pagamento dos seis meses de salários atrasados para 14 mil docentes e o pagamento de férias e bônus para outros 5 mil. Os professores estão se manifestando há meses e acusam o presidente Porfírio Lobo de não estar disposto ao diálogo.

Honduras

A falta de recursos da Secretaria de Finanças tem feito com que milhares de trabalhadores estejam sem recursos para celebrar as festas de fim de ano.

Os manifestantes montaram uma mesa com pratos vazios em frente ao prédio do governo. O presidente do principal sindicato de professores de Honduras, Oscar Recarte, disse que apenas 10% dos professores receberam o pagamento dos bônus de Natal.

O ministro da Educação, Marlon Escoto, reconheceu que deve 1,2 milhões de lempiras (R$125 mil) pelo salário de dezembro a 55 mil docentes em todo o país.

A manifestação reuniu também funcionários do Serviço Nacional Autónoma de Aquedutos e Esgotos e da rede pública de saúde da região metropolitana de Tegucigalpa, que também reclamam de atrasos de pagamentos.

Crise

Apesar da situação, o presidente do país, Porfírio Lobo, diz que não há crise no país, mas admitiu que o desastre financeiro enfrentado pela atual administração se deve ao excessivo gasto público nas diferentes dependências do Estado.

“É certo que o governo está em crise, não é Honduras que está em crise, a economia do governo que está em crise porque historicamente o governo gasta mais do que pode”, declarou Lobo.

Da Redação do Vermelho,
com informações do Terra