Justiça eleitoral do Paraguai aceita missão da Unasul

Mesmo sem o consentimento do governo do presidente Federico Franco, a Justiça eleitoral do Paraguai aceitou a chegada de uma missão de observadores da União das Nações Sul-americanas (Unasul) para as eleições presidenciais de abril de 2013. O anúncio foi feito nesta quarta-feira um porta-voz do Tribunal de Justiça Eleitoral (TSJE).

"A justiça eleitoral aceita a vinda de toda missão internacional independente da permissão do governo", disse a jornalistas Luis Mauro, porta-voz do TSJE. A Unasul se somará assim à OEA, à União Europeia e ao Centro Jimmy Carter, estes três últimos convidados oficialmente pelo governo.

Franco disse que os observadores da Unasul "podem vir ao Paraguai, mas não vamos convidá-los". Ele acrescentou que a Unasul não deu a seu governo nenhum espaço para defender sua posição diante do bloco. "O Estado paraguaio considera que foi atingido pelas consequências e atitudes" da Unasul.

Desde junho, apenas os governos do Chile e da Colômbia ordenaram o retorno de seus embaixadores a Assunção. Mauro disse que o representante do bloco sul-americano, o peruano Salomón Lerner, enviou uma carta de confirmação do envio de observadores da Unasul.

Os países do bloco e do Mercosul consideram que há no país um processo ilegítimo decorrente do golpe de estado parlamentar que em junho deste ano destituiu o presidente constitucionalmente eleito, Fernando Lugo.

Nas eleições de 21 de abril disputarão a presidência Horacio Cartes, candidato do Partido Colorado; Efraín Alegre, candidato do partido Liberal; Lino Oviedo, do partido Unace (direita); Mario Ferreiro, nomeado pelo movimento Avança País e Aníbal Carrillo, candidato da Frente Guasú de Lugo.

Com AFP