Paraguai se prepara para as próximas eleições 

Estes processos, normais em qualquer país do mundo, suporiam uma boa assistência às urnas nas votações convocadas para o próximo 21 de abril para eleger o presidente e vice, renovar o Congresso e selecionar governadores, entre outros cargos.

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Mas no Paraguai não é tão fácil, porque no ano de 2012 o país foi palco – como qualificado pela Unasul e Mercosul, os grandes blocos da região – de uma ruptura na institucionalidade democrática com a destituição do presidente constitucional.

Em menos de 30 horas, uma grande operação política dos partidos tradicionais, controladores do Congresso, levou a julgamento político o mandatário eleito em 2008, retirando Fernando Lugo do cargo e provocando também a saída de sua equipe de governo.

O problema fundamental proposto pela esquerda paraguaia reunida na Frente Guaçú, coalizão de partidos e movimentos sociais, é que as instituições chamadas a garantir a transparência nas próximas eleições fizeram "vista grossa" ao golpe parlamentar.

As críticas são devido ao papel que desempenharam precisamente a justiça eleitoral e o Tribunal Supremo de Justiça na consolidação do golpe de Estado parlamentar, instituições que continuam sem reestruturação alguma e são vitais para a segurança durante as votações.

Daí as censuras feitas a elementos tão importantes como a falta de auditoria a esse registro eleitoral, a possibilidade de votar garantida a apenas um grupo sumamente pequeno da comunidade paraguaia no exterior e a negativa oficial de receber uma missão observadora da Unasul.

Além dos preparativos eleitorais e do esforço de articulação com os diferentes partidos, parece existir um longo caminho até conseguir que as próximas eleições sejam reconhecidas aqui e no exterior como solução definitiva à crise política paraguaia.

Fonte: Prensa Latina