Equador democratiza acesso à educação universitária

O Bônus de Desenvolvimento Humano, uma ajuda econômica concedida pelo governo do Equador a setores vulneráveis tem permitido democratizar o acesso à educação universitária.

Cerca de 14 mil estudantes provenientes de famílias beneficiadas por este recurso financeiro conseguiram ingressar nas universidades, o que representa 15% dos alunos aprovados no primeiro exame nacional para a educação superior.

Este índice é visto como um resultado das condições impostas pelo governo para receber este benefício, ao solicitar em troca que os pais garantam a presença de seus filhos nas escolas.

O secretário Nacional de Educação Superior, Ciência e Tecnologia (Senescyt), René Ramírez, referiu-se nas últimas horas a esse acontecimento como um dos avanços neste campo.

Ele afirmou que "antes, o ingresso nas universidades era para a elite socioeconômica, para os mais ricos".

Acrescentou que um grupo de estudantes entrará em um processo de nivelamento com o objetivo de eliminar as diferenças entre os estudantes que vêm de colégios com menor qualidade de educação. O nivelamento será realizado em cerca de 45 mil cotas para vagas universitárias e igual número para o nivelamento da Senescyt.

O Instituto Equatoriano de Crédito Educativo e Bolsas (Iece) qualificou 4.111 estudantes inscritos no Sistema Nacional de Nivelamento e Admissão e cujas famílias recebem o Bônus de Desenvolvimento Humano, outorgado pelo Governo Nacional, para receberem uma bolsa.

Esses jovens poderão receber essas bolsas depois de cumprir vários requisitos como ser beneficiário do Bônus de Desenvolvimento Humano; ter obtido uma cota para estudar uma carreira em uma universidade pública do país mediante solicitação ao SNNA e ter realizado seus estudos em modalidade presencial.

Recentemente, o Governo aumentou para 50 dólares a quantia destinada aos cidadãos em estado vulnerável, o que terá impacto em várias esferas da sociedade. Segundo os cálculos oficiais, o aumento da ajuda custará aproximadamente 300 milhões de dólares, mas as reformas legais gerarão 180 milhões.

A ajuda entrará em vigor em janeiro de 2013 e deverá beneficiar a mais de 1,2 milhão de equatorianos, entre eles mães solteiras, idosos e deficientes.

Fonte: Prensa Latina