Celac, unidade latino-americana para encarar desafios comuns
"A existência da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) constitui-se, hoje, como um sinal claro da disposição da região de enfrentar os desafios juntos", disse o ministro dominicano para a Política de Integração Regional, Miguel Mejia.
Publicado 09/01/2013 10:13
Entrevistado por Prensa Latina sobre a Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do bloco, em 27 e 28 de Janeiro, no Chile, Mejia disse que as pessoas precisam de uma verdadeira independência e soberania, e que as soluções para os problemas individuais podem ser mais encontradas de forma mais fácil com a participação de todos.
Ele observou que o grupo, fundado na Venezuela em dezembro de 2011 e que conta com 33 membros, é o resultado das demandas das circunstâncias históricas que vive a humanidade nos tempos atuais.
Mejia observou que a Celac não nasceu para competir com outros mecanismos de integração existentes na América Latina e no Caribe, uma vez que tem a vontade de enfrentar os desafios comuns.
Este espaço, sublinhou, permite nos unir, confraternizar e compenetrar para levar a mesma posição aos diferentes cenários da comunidade internacional e, ao mesmo tempo, representa um veículo de comunicação importante.
Dada a crise econômica global, disse o secretário-geral do Movimento Esquerda Unida, são necessárias ações comuns que permitam, por exemplo, o aumento do comércio.
"Se pudermos definir políticas para o benefício de todos os países da Celac e levá-las a nível internacional, então a América Latina e o Caribe serão um bloco forte e não uma mera individualidade", disse.
Segundo o ministro, o mundo tende à reunificação com a soberania e independência, e estes princípios, bem como o respeito mútuo entre as nações, não deve nunca faltar no âmbito da entidade integracionista.
Em sua opinião, não é apropriado estabelecer uma classificação entre países grandes ou pequenos, ricos ou pobres, porque de uma forma ou de outra, disse, estamos afetados por problemas semelhantes e é preciso seguir em frente.
Sobre a posição da República Dominicana na reunião do Chile, Mejia disse que seu país vai honrar o compromisso assumido na Cúpula de fundação de Caracas. "O governo da República Dominicana estará disposto a fazer contribuições importantes a fim de manter a unidade da região, sem nenhum obstáculo".
Apesar de não especificar nomes e cargos, disse que esta nação será representada na próxima reunião pelo mais alto nível, como prova da grande importância que dá a Celac.
"Estamos aliviados que a presidência temporária do bloco passe às mãos de Cuba, pois, com sua ampla política exterior, a visão sobre os problemas da humanidade e o característico princípio da solidariedade, dará um novo impulso para o seu desenvolvimento e consolidação", opinou.
Na Venezuela, o grupo adotou mais de vinte documentos, entre eles a Declaração e o Plano de Ação de Caracas, os estatutos para seu funcionamento orgânico e um pronunciamento especial sobre a defesa da democracia e da Ordem Constitucional.
Fonte: Prensa Latina