Celac é estratégica para América Latina, diz comunista paraguaio 

Amado, em declarações para a Prensa Latina, evocou como um antecedente histórico dessa nova instância a proposta do Congresso Anfictiônico (do Panamá) feita pelo Libertador Simón Bolivar, neste caso envolvendo um projeto unitário ainda mais amplo para a Pátria Grande da região. 

“Trata-se de algo estratégico não só pra a unidade de governos, mas para a luta popular latino-americana”, disse. Segundo o comunista a prioridade da Celac deve ter em conta o momento de crise das sociedades e do modo de produção capitalista que leva um cenário internacional de uma incerteza e de conflitos, inclusive de caráter armado.

De acordo com o fato de os Estados Unidos e Canadá não fazerem parte desta organização permite enfrentar melhor as ameaças sustentatas pelas tentativas de apoderar-se da riqueza energética e da biodiversidade da América Latina.

“É fundamental que o pensamento progressista e de integração e unidade possa exercer poder sobre os recursos da região diante da situação de declínio capitalismo”, disse.

Ao referir-se a hipótese por Cuba assumir a presidência pro-tempore da Celac no fim deste mês, apontou que é importante valorizar o reconhecimento latino-americano que hoje a ilha tem em seu projeto de liberação e melhora na qualidade de vida dos povos.

“Cuba tem uma condição de liderança muito mais racional que outros países declarados como potências e vê-la situada a frente da Celac representa, sem dúvida, uma importância central para nossas nações”, pontuou.

Amado referiu-se a impossibilidade que terá o Paraguai de participar desta Cúpula da Celac, proibição já experimentada em outro eventos regionais, e destacou que isso ocorre, porque o país sofre um governo de fato não reconhecido.

“Até os governos conservadores marcam distancia dos golpistas do Paraguai e isso nos ajuda a construir um projeto democrático, sério, dentro da alternativa de liberação integral”, concluiu.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho