Conselho de Cultura apresenta relatório ao Governo Municipal

O documento originado da Conferência Municipal de Cultura traz propostas prioritárias e necessárias para se pensar nos próximos meses. O grupo esteve no gabinete do vice-prefeito, juliano Roso para expor as questões.

CMC - Passo Fundo - Fabiola Hauch

Entre os pontos frisados estão a criação do Fundo Municipal de Cultura; a instituição da Rede de Pontos de Cultura – entre o município e o Ministério da Cultura; medidas administrativas no Espaço Cultural Roseli Doleski Pretto; a reforma do Teatro Municipal Múcio de Castro; o restauro do prédio do Museu Histórico Regional e do Museu de Artes Visuais Ruth Schneider; e a retirada da parada de ônibus que fica em frente aos prédios.

As demandas são de longa data e, segundo o Conselho Municipal de Cultura, essenciais para começar a traçar outro viés cultural. O vice-prefeito Juliano recebeu o documento e agendou uma reunião com o prefeito Luciano Azevedo e o secretário de Cultura José Ernani de Almeida, a fim de debater os seis itens do CMC.

“Nós sabemos das dificuldades em cada um dos pontos apresentados pelo CMC, mas alguns são apenas medidas administrativas que podem ser resolvidas com maior facilidade. Agendei a reunião com o Luciano e o Ernani para de fato achar o melhor caminho para cada uma das questões”, frisou Juliano.

O relatório

Os pontos apresentados pelos CMC figuram como os primeiros passos para resgatar o patrimônio cultural e projetar novas ações. Os integrantes do Conselho, Paulo Dutra e Helen Marie, comentaram os aspectos do documento entregue ao Governo.

Entre 2011 e 2012, o CMC, juntamente com a Procuradoria Geral do Município, estruturou o decreto de regulamentação do Fundo Municipal de Cultura. “No fim do ano passado houve a determinação de que o decreto fosse baixado, mas infelizmente ele não foi emitido. Agora, tudo terá de ser estudado pela atual administração para ver se é possível a publicação do decreto”, explicou Dutra.

Sobre a Rede de Pontos de Cultura, os representantes ressaltaram que o processo está encaminhado e deve haver a publicação pela Prefeitura. “O recurso federal já em disposição, além disso, dependemos do recurso da contrapartida que o município vai dar. Será importante para a fruição e movimentação na área cultural e, principalmente, da política cultural”, afirmou Paulo.

Já o Espaço Roseli Doleski, atualmente, é utilizado como estacionamento e, devido ao tráfego intenso de veículo, inclusive veículos pesados, há desgaste na estrutura dos prédios ao redor. A ideia é que o espaço sirva apenas para carga e descarga de veículos das entidades culturais e torne-se um lugar para a promoção da cultura.

Segundo Dutra, o Teatro Múcio de Castro está com os processos encaminhados, porém, falta uma resposta da Caixa Econômica Federal. “Temos os recursos já garantidos, aguardamos apenas esta resposta para que seja possível abrir o edital de licitação”, observou. De outro lado, a reforma para o espaço dos Museus ainda precisa da realização do projeto e da captação de recursos.

Por fim, a retirada da parada de ônibus em frente aos prédios históricos é a última demanda. “Temos laudos de engenharia que apontam que a trepidação e frenagem dos ônibus estão causando danos à estrutura física dos prédios, principalmente do Museu que já tem uma parede que está condenada”, ponderou Helen.

Fonte: Assessoria de imprensa