Venezuela rejeita qualificação da Moody’s

Na quarta-feira (16) a agência de classificação de riscos Moody’s manteve as qualificações dos títulos emitidos pela Venezuela em B1 e B2, respectivamente, mas rebaixou de estável para negativa a perspectiva do país a pretexto do que considera incerteza política que atravessa.

Rafael Ramirez

O ministro de Petróleo e Mineração da Venezuela, Rafael Ramírez, rejeitou a qualificação apresentada pela agência Moody’s, rebaixando de estável para negativa sua perspectiva, e assegurou que a economia venezuelana é “estável”.

“Nós sempre questionamos as agências porque têm uma distorção política muito forte contra nosso país. O irônico é que em 2008 várias dessas agências e bancos que nos qualificavam quebraram”, disse Ramírez, segundo um comunicado da estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA).

No dia 16, a Moody’s manteve as qualificações dos títulos em moeda local e estrangeira emitidos pela Venezuela em B1 e B2, respectivamente, mas rebaixou de estável para negativa a perspectiva do país por causa da incerteza política que atravessa, os riscos associados à economia venezuelana e às finanças do Governo.

Ramírez, que é presidente da petroleira estatal PDVSA, disse que a Venezuela é “uma economia petroleira com fundamentos e parâmetros que se mantiveram estáveis durante a crise mundial” e assegurou que Chávez, no poder desde 1999, “tem sabido manejar bem este barco, com estabilidade e crescimento econômico”.

A agência qualificadora estadunidense torce por uma transição política na Venezuela com a possibilidade de que um candidato da oposição assumir a Presidência e iniciar reformas econômicas favoraveis ao grande capital e à especulação financeira.

Com informaçções da agência Infolatam/EFE