Foto de Chávez será divulgada “quando necessário”, diz ministro

O ministro de Comunicação da Venezuela, Ernesto Villegas, afirmou que fotos do presidente Hugo Chávez poderão ser vistas “quando for necessário”. A entrevista foi concedida ao jornal Tiempo Argentino durante a cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos-União Europeia (Celac -UE), concluída nesta segunda-feira (28) no Chile.

Segundo Villegas, o presidente venezuelano, internado em Havana após uma quarta cirurgia contra um câncer na região pélvica, “está de acordo com o modo com o qual se veio comunicando” sua situação de saúde. “Há um limite que devemos respeitar e é o direito à privacidade dos pacientes (…) [Chávez] nos deu informações muito precisas para que informemos com rigor as boas e más notícias”, falou.

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O ministro garantiu que a forma de comunicação sobre a evolução da doença de do presidente venezuelano somente variará quando for preciso. “Há pessoas que nunca se sentiriam satisfeitas, porque apostam que Chávez não irá aparecer. São os mais inflamados inimigos de Chávez, que estão procurando um desenlace fatal”, completou.

Villegas ratificou ainda que o governo da Venezuela processará o El País para “estabelecer um precedente e dizer basta a este jornalismo que inaugurou um novo gênero que poderíamos definir como mídia-mórbida”. O ministro considera que a fotografia falsa estampada na primeira-página do jornal espanhol de um paciente entubado “dificilmente seria publicada se se tratasse de um líder europeu. Parece que o sensacionalismo é válido quando se trata de um ‘sudaca’ revolucionário”.

O ministro venezuelano preferiu não dar detalhes sobre o tribunal no qual será apresentado o processo, já que as ferramentas legais ainda estão sendo estudadas. Segundo ele, nem o governo, nem os familiares de Chávez receberam pedidos de desculpas do jornal, que atuaria com uma “grande arrogância imperial”.

Quando questionado sobre possibilidades e previsões de um retorno do presidente venezuelano a seu país, Villegas afirmou que Chávez deve tomar o tempo que precise, “como lhe diz o seu povo”: “Há um governo sólido, como amplo apoio popular, com representação (…) dos cidadãos e cidadãs, com votação majoritária das pessoas, com apoio militar”, disse, completando que “todos os poderes do Estado estão convencidos da legitimidade do governo venezuelano”.

Fonte: Opera Mundi