Farc e governo colombiano estudam cessar-fogo bilateral

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) e o governo continuam nesta sexta-feira (1º) as conversas, enquanto o tema do cessar-fogo bilateral se coloca no centro do debate público.

Nas jornadas iniciais do quarto ciclo se destacam os critérios emitidos por ambas partes em torno do cessar-fogo bilateral, frente a um processo de diálogos destinado a acabar com um conflito armado na Colômbia com mais de meio século de existência.

A guerrilha se manifestou em várias ocasiões a favor do cessar-fogo, para proporcionar um clima de tranquilidade que favoreça os diálogos, nos quais Cuba e Noruega se desempenham como garantes.

Em um comunicado divulgado ontem pelo chefe desta equipe, Iván Márquez, consideraram que "cada dia parece mais necessário procurar um cessar bilateral ao fogo e às hostilidades, ou, na falta, convir um tratado de regulação da guerra…".

Por sua vez, o Governo preferiu recusar esta proposta, pois consideram que o cessar fogo deve ser resultado dos eventuais acordos tomados pela mesa de diálogos em Havana, que começou no dia 19 de novembro passado.

Antes de viajar a esta capital para o início desta quarta rodada, o líder da delegação governamental, Humberto de la Calle, considerou que só será possível cessar operações "se for assinado um acordo final de paz, como disse o presidente (Juan Manuel Santos) desde o início das conversas".

Até o momento, os diálogos no Palácio de Convenções de Havana foram centrados no tema do desenvolvimento agrário, o primeiro de uma agenda de seis pontos concordada pelas partes.

Os outros assuntos são a participação política, o fim do conflito armado, a solução ao problema das drogas ilícitas, os direitos das vítimas e os mecanismos de verificação e referendo para legitimar os acordos da mesa.

Fonte: Prensa Latina