Farc pedem para governo colombiano proteger diálogos de paz 

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) convocaram nesta sexta-feira (1º) uma campanha para proteger a mesa de conversas com o governo. 

Iván Márquez

Ao chegar ao Palácio de Convenções, sede permanente das conversas, o chefe da representação guerrilheira, Iván Márquez, declarou que "é preferível dar tempo suficiente a uma iniciativa de diálogo do que perpetuar a injustiça e a guerra sem outra opção".

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Em meio a tensões, enfatizou a vontade das Farc em avançar nas tentativas de paz, apesar da guerra ordenada pelo governo e de suas constantes negativas aos pedidos e sugestões do grupo guerrilheiro.

Márquez recordou que a administração de Juan Manuel Santos disse não, em numerosas ocasiões, às iniciativas propostas pelas Farc para favorecer o processo de conversas. Ele mencionou vários exemplos como não aceitar um cessar bilateral de operações e não permitir a presença do líder guerrilheiro Simón Trinidad, por sua experiência no âmbito da reconciliação.

Por parte do governo, Santos afirmou na última quinta-feira (31/1), em discurso, que vão ser mais contundentes nas ações militares e policiais, "isso que fique absolutamente claro".

Recentemente, o chefe da delegação governamental, o ex-presidente Humberto de la Calle, assinalou que as Farc tentam, com suas ações, pressionar o executivo para estabelecer o cessar-fogo bilateral ou a regularização do conflito.

Ele avaliou que a paz só pode ser instituída a partir dos possíveis acordos da mesa de conversas em Havana. Até o momento, em que transcorrem as primeiras jornadas do quarto ciclo, os diálogos se centraram no tema agrário, o primeiro de uma agenda de seis pontos acordada pelas partes.

Os outros assuntos são a participação política, o fim do conflito armado, a solução ao problema das drogas ilícitas, os direitos das vítimas e os mecanismos de verificação e referendo do pactuado na mesa.

Fonte: Prensa Latina