Motoboys protestam e pedem novo prazo para regras de segurança

Cerca de 10 mil motoboys foram às ruas de diversas cidades do estado paulista nesta sexta-feira (1º), para protestar contra o endurecimento da legislação de trânsito no país. Os manifestantes chegaram a bloquear completamente a avenida Paulista no início da tarde. A regulamentação da profissão de motofretista passa a valer em todo o país a partir de sábado (2). O fim do protesto se deu após uma comissão do Sindimoto entregar documento no escritório da Presidência da República, em São Paulo.


Protesto realizado por motoboys em São Paulo / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os motociclistas aguardam uma resposta para impedir que a maior parte dos profissionais de motocicleta fique irregular com a entrada das novas regras de segurança. Participaram do movimento na Paulista cerca de 2 mil trabalhadores, segundo número da Polícia Militar.

Segundo o Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas de São Paulo (Sindimoto), os trabalhadores pedem que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) prorrogue o prazo para que a lei 12.009 entre em vigor. No entanto, o Contran, por meio do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), afirmou que vem prorrogando a mesma desde 2010, quando deveria passar a valer.

A principal reclamação e com relação a obrigatoriedade de um novo curso com duração de 30 horas. Mas, segundo o Departamentos Estaduais de Trânsito de São Paulo, (Dentran), dos 300 mil motofretistas da capital paulista, só 13 mil fizeram o curso exigido. A multa para aqueles que não seguirem as novas regras varia de R$ 85 a R$ 191 e os motofretistas podem até ter a carteira suspensa.

Os trabalhadores afirmam que há poucas escolas que o oferecem. Segundo o Denatran, cabe aos Detrans organizar o novo curso de capacitação, que será cobrado a partir de amanhã dos motociclistas. Já o Sindmoto diz que dos 645 municípios do estado de São Paulo, cerca de 10% têm as regulamentações municipais exigidas pelo Contran. Ou seja, sem a legislação municipal, mesmo o motociclista que fizer o curso não vai conseguir se adequar a todas as exigências. Na Grande São Paulo somente a capital, Guarulhos e Osasco regulamentaram a lei.

A Associação Nacional dos Detrans (AND), segundo o Detran-SP, solicitou ao Denatran que a fiscalização seja feita inicialmente de forma educativa.

Da redação do Vermelho