Malvinas: Argentina reitera vontade de diálogo com Reino Unido 

“Viemos para a Inglaterra para demonstrar que a Argentina é um país pacífico e democrático”, expressou o chanceler Héctor Timerman ao chegar em Londres, onde participará a partir desta terça-feira (5) de um encontro com parlamentares britânicos.

Héctor Timerman - Argentina - Embaixada Argentina

O funcionário reiterou sua intenção de reunir-se com seu homólogo William Hague, embora voltou a repudiar que membros do governo das Malvinas participem do encontro. A embaixadora Alicia Castro enviou uma carta ao chanceler britânico para reiterá-lo do interesse de Timerman de manter "uma reunião bilateral a sós” 

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O chanceler argentino começará nesta terça-feira sua agenda de atividades, que inclui o encontro do grupo parlamentar multipartidário Argentina-Reino Unido que se realizará até a próxima quinta-feira, no Parlamento britânico.

Entre as atividades haverá uma apresentação histórica e uma dissertação sobre os direitos argentinos e a não aplicabilidade do princípio de autodeterminação. Os pedidos argentinos serão apresentados diante do Comitê de Descolonização das Nações Unidas. 

Na quarta-feira (6) será realizada uma reunião com os 18 Grupos Europeus Pró-Diálogo sobre a questão das Malvinas. Participarão políticos, acadêmicos, escritores e jornalistas da Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Países Baixos, Polônia, Portugal, República Checa, Reino Unido, România e Suécia.

A embaixada argentina em Londres informou que o chanceler visitará a sede da Organização Marítima Internacional (OMI) onde será recebido pelo general Koji Sekimizu.

Na última quinta-feira (31/1) o chefe da diplomacia argentina lamentou a negativa de seu homólogo británico William Hague, em sustentar uma reunião bilateral durante sua permanência em Londres. Em carta, Timerman lamentou a resposta recebida em sua solicitação, que o chanceler britânico destacou que não podia reunir-se sem a supervisão dos colonos malvinenses.

Londres exige que no encontro participem os representantes da Assembleia Legislativa das Malvinas, enquanto a Argentina considera que deveria ser um encontro bilateral e qualifica de imposição a postura de imposição a postura britânica.

Timerman lembrou, em sua carta, que a comunidade internacional não aceita uma terceira parte nesta disputa, onde existem mais de 40 resoluções. O conflito sobre as Malvinas tem sua origem na ocupação britânica de 1833, a partir da qual a Argentina realizou sucessivos pedidos de soberania sobre o arquipélago.

Com Página 12