Timerman: Malvinas não estarão ocupadas nos próximos 20 anos

Durante sua estadia em Londres, onde se reúne com representantes de vários países que apoiam o diálogo pela soberania das Ilhas Malvinas, o chanceler argentino, Héctor Timerman, considerou que a consulta que os colonos farão em março para determinar o status político “tem o espirito de uma campanha publicitária” que “não tem valor legal".

Ilhas Malvinas

“Perguntar para os cidadãos ingleses se querem continuar sendo cidadãos ingleses”, afirmou Héctor Timerman para repudiar a consulta prevista para os dias 10 e 11 de março no arquipélago e destacou que “em 1985 as Nações Unidas disseram para o Reino Unido que um referendo desta natureza não ia ser reconhecido pela organização”. 

Leia também:
Malvinas: Argentina reitera vontade de diálogo com Reino Unido

Neste sentido, afirmou que o referendo, no qual participarão cerca de 2 mil habitantes das ilhas, “ tem o espirito de fazer uma campanha publicitária, mas não tem nenhum efeito legal sobre a disputa de soberania que existe entre os dois países”.

“As disputas de soberania são entre países, não entre grupos de habitantes e países” insistiu o funcionário antes de reunir-se com grupos a favor do diálogo na União Europeia sobre o conflito das Malvinas.

Por outra parte, insistiu que “é uma pena que o Chanceler Haguae se recusou a reunir-se com o chanceler da República Argentina. O único que faz é dificultar o cumprimento de resoluções das Nações Unidas”.

Neste sentido esclareceu que sua postura a respeito da participação dos habitantes das Malvinas em um eventual encontro com Hague “não é uma negativa a dialogar com eles”, mas que estejam presentes em uma reunião onde têm que estar presentes os chanceleres, que somos os responsáveis pela política exterior dos nossos países e de resolver as disputas de soberania”.

"Não acredito que passem outros 20 anos [para que a Argentina tome o controle das Malvinas]. O mundo entende cada vez mais que se trata de um assunto de colonialismo e que os ilhéus foram levados até ali", destacou. 

Fonte: Página 12
Tradução da redação do Vermelho