EUA não se pronunciarão sobre referendo nas Malvinas

Apesar da intenção do governo britânico de conseguir o apoio de Washington para a consulta popular que impulsa entre os colonos das Ilhas Malvinas, o secretário de Estado Norte-americano, John Kerry, confirmou, em sua visita a Londres, que os Estados Unidos “não se posicionarão” sobre a soberania do arquipélago.

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Kerry reconheceu “a administração de fato” do Reino Unido, instou a uma “colaboração prática” entre a Grã-Bretanha e a Argentina e exortou “uma solução pacífica”.

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“A posição dos Estados Unidos não mudou”, sublinhou o secretário ao recusar opinar a respeito do referendo sobre a soberania que os kelpers (como são chamados os habitantes britânicos das Malvinas) celebrarão nos dias 10 e 11 de março e que se espera que manifestem sua vontade continuar sob soberania britânica.

No último domingo (24), os jornais anteciparam que durante sua visita a Londres, Kerry seria provocado pelo chanceler William Hague para que tomar uma posição a favor da consulta popular, que fortaleceria o argumento britânico sobre a autodeterminação dos habitantes das ilhas.

Kerry sustentou a posição neutra de seu país a respeito do conflito, que apoiou militarmente durante a guerra. A ex-secretária de Estado, Hillary Clinton, já havia eludido em 2010 um pedido à presidenta Cristina Kirchner para que seu país fosse intermediário no conflito.

O chanceler norte-americano fez estas declarações após manter uma reunião com o ministro britânico de relações exteriores, William Hague, que também falou sobre o futuro Tratado de Livre Comércio (TLC) entre EUA e União Europeia, o conflito na Síria e a crise pelo programa nuclear do Irã.

Fonte: Página12
Tradução da redação do Vermelho