Turquia ajudou Israel em ataque à Síria, diz líder político

O vice-presidente do Partido do Trabalho da Turquia, Lassen Bulent Davutoglu, afirmou que o governo do premiê Recep Yayyip Erdogan colaborou com Israel no recente bombardeio contra um centro científico próximo da capital síria.

Ele agregou que, além disso, o chanceler turco Ahmet Davutoglu procura distorcer a verdade e confundir a opinião pública desse país euro-asiático, para desviar a atenção das acusações de Tel Aviv.

Em um artigo publicado pela página digital turca Olossal Bakic, reproduzida pela agência de notícias Sana, Davutoglu explicou que a visita de senadores estadunidenses ao presidente turco, Abdullah Gul, antes da agressão israelense e sua viagem a Israel, demonstram que Ancara sabia que a Síria seria atacada.

O político destacou que o Partido da Justiça e Desenvolvimento, liderado pelo premiê Erdogan, aproveita sua suposta inimizade com Israel para ganhar apoio popular e continuar no governo, já que as bases populares prestam muita atenção às posições anti-israelenses.

No entanto, as autoridades muçulmanas na região, que chegaram ao poder com a ajuda dos Estados Unidos e de Israel, se dedicam a garantir e proteger a segurança de Tel Aviv, citou a fonte.

Por sua vez, Argélia e Sudão se somaram ao conjunto de governos e organizações políticas e sociais contra a agressão israelense do dia 30 de janeiro. O bombardeio ao centro de pesquisa em Jamrayya, 20 quilômetros ao noroeste de Damasco, custou a vida de duas pessoas e deixou outras cinco feridas.

O Ministério de Assuntos Exteriores da Argélia condenou de maneira enérgica os ataques aéreos e os considerou uma violação do Direito Internacional e da soberania e integridade territorial dos Estados, indicou um comunicado distribuído pela embaixada em Damasco.

De igual forma, o Sudão explicou que o bombardeio aconteceu depois de frequentes ameaças israelenses contra a Síria, o que constata que os procedimentos de Tel Aviv se baseiam na Lei da Selva e não no Direito Internacional, sublinhou uma nota da Chancelaria argelina.

Fonte: Prensa Latina