Teste nuclear norte-coreano é condenado pela ONU e por aliados 

Uma explosão nuclear subterrânea foi efetuada no polígono situado a 379 km ao norte da capital, Pyongyang. A Agência Telegráfica Central da Coreia do Norte informou sobre o teste bem-sucedido de uma carga nuclear compacta de grande potência. Essa foi a terceira explosão nuclear efetuada pelo país, mas seu porta-voz das relações exteriores lembrou que este teste faz parte dos mais de 6.000 já realizados em toda a Terra.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, mantiveram conversações telefônicas e decidiram procurar que o Conselho de Segurança da ONU aprove novas sanções internacionais contra a Coreia do Norte, informa a mídia japonesa.

Segundo a agência de notícias da Coreia Popular, North Korean News, quase todo o mundo condenou o teste nuclear conduzido, “incluindo a tradicionalmente aliada China”. A declaração aprovada pelo CS da ONU, inclusive pela China, afirma que “os membros do Conselho de Segurança começarão a trabalhar imediatamente por medidas apropriadas, numa resolução do CS.”

Em declaração logo após a realização do teste nuclear, parte do seu “direito à autodefesa através da dissuasão nuclear”, a Coreia do Norte disse que agora os EUA tinham duas opções: “respeitar o direito da [República Popular Democrática da Coreia] de lançar satélites e abrir uma fase de distensão e estabilidade ou manter o seu caminho errôneo que tem levado à situação explosiva ao persistir em sua política de hostilidade contra a RPDC.”

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O Ministério das Relações Exteriores chinês publicou uma declaração pedindo à Coreia Popular que cumprisse com a sua desnuclearização e que não tomasse “atitudes adicionais que pudessem causar maior deterioração da situação”, e que ainda parasse de emitir declarações duras e voltasse “ao canal do diálogo e das negociações”.

A Rússia também condenou rapidamente o teste nuclear norte-coreano, e um assessor do presidente Vladmir Putin, Yuriy Ushakov, disse que as ações da Coreia do Norte “merecem tanto a condenação quanto a reação da comunidade internacional”, e pediu que o país voltasse às obrigações do Tratado de Não Proliferação Nuclear e da Agência Internacional de Energia Atômica.

Ainda assim, não foi mencionada a declaração oficial de Pyongyang, que apela pelo respeito ao direito de autodefesa e pelo fim das políticas hostis “do império”, os EUA, na região.

Recentemente, foram realizados exercícios militares conjuntos entre estadunidenses e sul-coreanos que incluíram um submarino nuclear dos Estados Unidos, no mar da Península Coreana.

Com agências,
da Redação do Portal Vermelho