ONU e EUA pressionam por mais sanções à Coreia Popular 

Os líderes da ONU e dos EUA continuam pressionando por medidas mais duras contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), depois da condução do seu terceiro teste nuclear na terça-feira (12). O secretário geral da ONU, o sul-coreano, Ban Ki-moon, descreveu o teste, na quinta-feira (14), de “desafio direto à comunidade internacional”. 

Ban Ki-moon e o secretário de Defesa John Kerry - China Daily

“Eu pedi diversas vezes à liderança em Pyongyang (capital da Coreia Popular) para desistir do seu programa nuclear”, disse Ban Ki-moon em Washington, antes de encontrar-se com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry. 

Desde o crescendo das atividades nucleares da Coreia Popular soberana, porém, os EUA, entre outros, têm aplicado medidas de sanções contra o país e suspendido qualquer ajuda humanitária e alimentar, afetando diretamente a população norte-coreana.

“Eu encorajei o CS a agir com unidade e a tomar medidas apropriadas imediatamente”, disse o secretário geral, um diplomata de carreira proveniente da República da Coreia (ou Coreia do Sul).

Kerry, que encontrou Ban pela primeira vez como secretário de Defesa, chamou o teste nuclear da Coreia Popular de “ato enormemente provocativo que requer uma resposta firme, enérgica e credível da comunidade global.” Disse ainda: “eu quero repetir a declaração do CS de que esse teste é uma ameaça clara à paz e à segurança no mundo”, sem considerar que a postura  da RPDC possa ser defensiva contra as “políticas hostis” estadunidenses na região, segundo o Ministério de Relações Exteriores daquele país.

Enquanto aumentam os pedidos de maiores sanções contra a RPDC, Charles Armstrong, professor de história e diretor do Centro de Pesquisas Coreanas na Universidade de Columbia, nos EUA, considera as negociações ainda como a melhor opção, em relação às sanções, para resolver crises de longo prazo como esta.

A Coreia Popular tem sofrido sanções por mais de 60 anos, desde a Guerra da Coreia. A ONU impôs sanções em 2006, após o primeiro teste nuclear, um em “mais de 6.000 no mundo”, segundo o Ministério de Relações Exteriores da RPDC. Desde então, o país levou a cabo mais dois testes nucleares e lançou com sucesso um satélite em órbita, o que também causou reações. Armstrong disse que não é realista esperar que as novas sanções sejam mais eficientes que as anteriores.

Enquanto há ameaças de novas medidas punitivas, a Agência Central de Notícias Coreana, da RPDC, anunciou na terça-feira (12) que se os EUA e seus aliados desafiarem o país com medidas mais fortes por causa de seu teste nuclear subterrâneo, o governo irá reagir, dentro de seu direito a autodefesa, com medidas mais enérgicas. A Coreia do Norte tem dito repetidas vezes que seus testes fazem parte da melhoria em sua defesa, para fazer frente à hostilidade dos EUA.

Com China Daily
Da Redação do Vermelho