Vanessa critica oposição e desmente complô contra blogueira

A presidente do grupo parlamentar Brasil/Cuba, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), criticou a oposição que quer tirar “partido” da visita ao Brasil da blogueira cubana dissidente Yoani Sánchez. Ela considerou “absurda e sem cabimento” a tentativa da oposição de convocar ministros e representantes diplomáticos para explicar a possível participação de um servidor da Presidência da República na organização das manifestações contra a blogueira. 

Vanessa critica oposição e nega complô contra blogueira - Agência Senado

O senador tucano Álvaro Dias (PR) apresentou requerimento pedindo a convocação, ao Plenário do Senado, do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, e do ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Ambos para se pronunciarem sobre a notícia de que o embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora, mobilizou militantes contra a blogueira dissidente Yoani Sánchez.

Vanessa negou a existência de um complô dos militantes do seu partido, o PCdoB, juntamente com representantes do governo brasileiro, na Embaixada de Cuba, em mobilização contra a blogueira.

A senadora disse que conversas entre membros do corpo diplomático não configuram uma "intromissão em assuntos de política interna". Ela afirmou também que os protestos enfrentados por Yoani Sanchez na sua recepção em aeroportos brasileiros fazem parte do "processo democrático" e que se trata do "direito de expressão dos jovens".

Vanessa Grazziotin disse que a dissidente Yoani Sánchez viajou com autorização do governo cubano. E acrescentou que a dissidente já foi contratada como correspondente de vários órgãos de imprensa internacional e, para isso, recebe salário regular sem que seus recursos sejam confiscados.

Vanessa Grazziotin concluiu seu discurso prestando solidariedade ao embaixador de Cuba e reiterando que "não faz sentido" a convocação de ministros para tratar desse assunto no Senado porque, segundo ela, é preciso discutir temas mais importantes e urgentes como a votação do Orçamento de 2013.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado