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Comissão Nacional de Organização debate o planejamento para 2013

A Comissão Nacional de Organização Regionalizada reuniu seus membros e convidados de alguns estados, nos dias 22 e 23 de janeiro , em São Paulo, para debater o Planejamento 2013. A reunião contou também com a presença de Renato Rabelo que fez importantes reflexões sobre o PCdoB.

Estiveram presentes: Abel Rodrigues (CE), Alder Luis Vieira Colares (RO), Alessandro Guimarães (PE), Alessandro Freitas (PE), André Bezerra (SP), Antonio Levino (AM), Daniele Costa (BA), Egberto Magno (BA), Elaine Guimarães (SP), Eliana Ada Gasparini (SP), Etelvino de Oliveira Nunes (MA), Euler Ivo (GO), Fabiana Costa (SP), Gleison Meireles (MS), Jorge Moreira (RS), Jurandir Silva Jr. (BA), Lurdes Rufino (PI), Marcelo Cardia (SP), Miranda Muniz (MT), Ossi Ferreira (PE), Richard Romano (MG), Uirtz Servulo (RJ), Vandré Fernandes (SP), Walter Sorrentino (SP), Alessandro Costa (SP), Elizangela Lizardo (SP), Bruno Prado (SP).

Walter Sorrentino, secretário Nacional de Organização do PCdoB, que dirigiu a reunião fez a seguinte síntese sobre seus resultados: “Os debates apontaram para o fato de que o trabalho central deste ano gira em torno da organização do 13º Congresso e têm por carro chefe a construção do projeto político partidário para 2013/2014, reiterando e repondo em pauta os temas do 7º Encontro Nacional sobre Questões de Partido, no plano organizativo dos Estados e no plano nacional a absoluta centralidade da política de quadros.”


O planejamento debatido e aprovado na reunião expressa quatro eixos:

1- Tirar consequências partidárias do balanço eleitoral 2012;

2- Reposicionar o partido face ao resultado das urnas e ligar isso ao projeto 2014;

3- Ajustes na direção partidária, desde já, com vistas ao 13º Congresso;

4- Preparar o Congresso, sua mobilização e a retomada da direção organizativa do 7º Encontro.

Tirar consequências partidárias do balanço eleitoral 2012;
 

Do balanço 2012 foi debatido que a força do partido se interiorizou, mas nas capitais os resultados foram estagnados em números globais. Os desafios: revivificar as inserções partidárias, as bases de massa e reconstruir redutos eleitorais alcançando grandes camadas do povo; trabalhar a identidade do Partido com bandeiras mais concretas e em ligação a isso, conferir expressões organizativas a esse movimento, clareando o papel da vida militante nas organizações de base. Esse movimento precisa de uma vanguarda e elas estão nas capitais, onde necessitamos realizar um movimento concentrado.

Reposicionar o partido face ao resultado das urnas e ligar isso ao projeto 2014

O elo forte da questão é exatamente o projeto 2014 – nacional e estadual – para reposicionar-se no pós-eleitoral, consolidar ou refazer alianças, participar dos governos, preparar candidaturas, forjar compromissos com prefeitos e aliados.

Outro aspecto relevante são as participações institucionais, não apenas nas prefeituras próprias, como também da participação de comunistas em várias centenas de administrações avançadas com nosso apoio, porque podem propiciar novas inserções sociais e projetar lideranças para 2014 e 2016. Portanto essas participações devem ser dirigidas em função do nosso projeto político concreto para 2014/16.

Ajustes na direção partidária, desde já, com vistas ao 13º Congresso

A abertura das fileiras partidárias para novas lideranças sociais e eleitorais é diretiva mais duradoura, dadas as exigências de aumentar a força eleitoral partidária. Tem sido frutífero, mas trabalhoso, esse rumo, pois exige largueza de visão e habilidade, além de autoridade, para consolidar a permanência dessas lideranças no Partido.

A governabilidade partidária exige assentarmos cada vez mais a unidade em termos de projeto político definido democraticamente, exige habilidade política na construção desse projeto e uma política de quadros que assegure núcleos de direção maduros, coesos e bem formados, combatendo dessa forma, as relações internas de intolerância e sectarismo que possam surgir.

O maior centro de poder deve ser a Direção do Partido, com métodos democráticos e institucionalizados. Esse é um dos pilares de nossas definições congressuais para o tempo presente: combater a pressão do pragmatismo, fenômeno inevitável, mas mortífero para um Partido Comunista.

Preparar o Congresso, sua mobilização e a retomada da direção organizativa do 7º Encontro

O tema central do planejamento para 2013 conflui para a preparação do 13º Congresso. Envolve não só a mobilização, mas os desafios centrais de retomar a direção organizativa dada pelo 7º Encontro sobre Questões de Partido – “política de quadros para maior vida militante de base” – e essencialmente, a questão da política de quadros para a construção das direções partidárias, nacional e estaduais, capazes de se colocar à altura das exigências da vida política e partidária descritas.

Como perseguir esses quatro pontos em 2013?

A primeira questão nesse rumo é Crescer. Abrir e crescer seguem sendo centrais. Queremos chegar a 400 mil filiados até o 13º Congresso. Não obstante, o crescimento deve estar ligado ao esforço de nos superarmos na mobilização militante e na abertura do Partido a novas lideranças, com uma Direção sólida.

A segunda, é reabrir a discussão sobre as linhas de construção partidária nas capitais e nas grandes cidades onde vencemos à prefeitura.

A terceira, retomar as diretivas aprovadas no 7º Encontro, concentrando esforços na Política de Quadros intermediários para pontuar a agregação militante, revisar a organização das fileiras militantes e no seio da mobilização congressual, realizar Encontros Estaduais voltados para o plano de mobilização organizativa do Congresso, até julho.

A quarta, será reforçar o trabalho dos Departamentos de Quadros, onde algumas medidas precisarão ser tomadas para que os esforços empreendidos – insuficientes até então – sejam recuperados e concentrados nesse período.

Fonte: Portal da Organização