Jamil Murad: “A unidade não se faz na marra, se faz com debate"

No último sábado (23), o comitê municipal do PCdoB de São Paulo reuniu-se para discutir atualização política e realizar mudanças em sua direção.

O presidente do Partido na capital, Jamil Murad, apresentou algumas informações que foram debatidas durante a reunião da Comissão Política Nacional e disse que o apontamento geral é que a campanha eleitoral já começou.

“A largada ao pleito de presidente da República teve como símbolo, de um lado, o ato que comemorou os dez anos de governo Lula e Dilma à frente do país; e, do outro lado, o incipiente discurso de Aécio Neves feito no Senado federal para se firmar como líder da oposição.”

“A pauta deles é outra, o caminho deles é outro, por isso que não se vê as palavras povo, miséria, emprego”, disse Jamil, referindo-se ao discurso de Aécio.

Sobre o princípio do governo de Fernando Haddad, o presidente municipal da legenda defendeu que não há tempo suficiente de mandato para fazer uma avaliação, porém, constatou que governo municipal fez uma ampla aliança a partir dos partidos de centro.

“O governo Haddad segue a mesma lógica do governo Dilma, inclusive com muitos partidos que apoiaram o Serra e acabaram se compondo com o prefeito eleito”, atestou Murad.

Para Jamil a participação do PCdoB no governo municipal está se aprimorando, pois os comunistas aprenderam com a atuação em outros espaços institucionais.

“Nós entendemos como um processo de unidade e luta, de pressão e negociação para buscar ambientes em que possamos ajudar de forma decisiva o governo Fernando Haddad e também atuar com protagonismo para o crescimento do PCdoB”, explicou.

Esses dois substantivos – unidade e luta – permeiam a ação dos militantes em todas as frentes, são duas faces da mesma moeda, na ação mais consciente, um não existe sem o outro. Para o dirigente, “ a unidade não se faz na marra, se faz com debate de ideias”.

Marcha das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais

O presidente da CTB-SP, Onofre Gonçalvez, comunicou sobre a marcha que acontecerá no dia 6 de março, em Brasília.

“Nós achamos que a pauta do empresariado brasileiro está mais avançada que a concretização da plataforma dos trabalhadores e nós vamos pressionar para alcançar a vitória das 40 horas semanais de trabalho, o fim do fator previdenciário, a igualdade de direitos entre homens e mulheres, entre outras bandeiras.”

Para o líder sindical essas questões precisam ser implantadas ainda neste governo Dilma, “por isso que os sindicatos e os movimentos sociais realizarão esse ato unificado”.

Dia Internacional da Mulher

Outra tarefa que os militantes terão a frente será a participação ativa para construção as atividades do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. O tema do tradicional ato será “Contra a violência à Mulher”.

De São Paulo,
Ana Flávia Marx