Mais recursos para saúde é tema na Marcha das Centrais Sindicais 

O Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, o Saúde+10, participará da 7ª Marcha das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais, no dia 6 de março, em Brasília (DF), levando as suas reivindicações de 10% dos recursos da União para saúde. O deputado João Ananias (PCdoB-CE-foto) apoia a proposta. “Torço para que a proposta chegue logo na Câmara com a força da iniciativa popular que tem historicamente trazido projetos importantes, como a lei da Ficha Limpa”, diz.

O movimento Saúde + 10 já coletou 700 mil assinaturas para um projeto de iniciativa popular que obrigue a União a investir no mínimo 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no sistema público de saúde, mas é preciso recolher 1% do eleitorado nacional, número que hoje está em torno de 1,4 milhão de cidadãos.

“O SUS vive uma crise crônica de financiamento. Ele é subfinanciado historicamente”, avalia João Ananias, defendendo mais recursos e financiamento estável para o setor.

A participação do Movimento na Marcha das Centrais quer trazer mais cidadãos à consciência dessa ampla mobilização nacional que dará à sociedade o direito de definir a priorização da saúde como bem maior, e, por sua vez, garantir um direito constitucional, explica Ronald Ferreira dos Santos, coordenador do movimento nacional.

Trabalhadores usuários

Ele destaca ainda que “os usuários do Sistema Único de Saúde são os trabalhadores e suas famílias e envolvê-los na luta por mais recursos para a saúde é fundamental para alcançarmos um milhão e quinhentas mil assinaturas que o Projeto de Lei de Iniciativa Popular necessita para ser encaminhado ao Congresso Nacional. Mais recursos para o SUS é criar condições para melhorar os serviços de saúde e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores".

A Marcha das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais, que tem como tema "Em defesa da cidadania, do desenvolvimento e da valorização do trabalho", retoma a pauta aprovada na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat). O foto do evento é a defesa do desenvolvimento do país com valorização do trabalho e distribuição de renda. "Daí a pertinência de destacar a defesa do SUS e da saúde entre as bandeiras dos trabalhadores", explica Ronald Ferreira.

Até o final do ano passado, o primeiro balanço de coleta de assinaturas feita pela coordenação da campanha nacional apontava que cerca de 700 mil já tinham sido obtidas, fruto do esforço de sindicatos, conselhos profissionais, parlamentares e diversas entidades que participam do movimento.

Após a marcha, representantes das entidades que participam do movimento se reúnem para fazer um novo balanço da coleta das assinaturas e traçar o plano de trabalho para o próximo período.

Da Redação em Brasília
Com agências