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Renato: sem a força do trabalhador não avançaremos nas mudanças

Aproximadamente 40 mil trabalhadores de diferentes categorias participarão, nesta quarta-feira (6), a partir das 9 horas, da 7ª Marcha a Brasília organizada pelas Centrais Sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, CGTB e UGT).

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo

Na edição do programa “Palavra do Presidente” desta semana, Renato Rabelo, presidente do PCdoB, fala direto de Brasília sobre o ato e destaca a centralidade da pauta dos trabalhadores para o desenvolvimento do país. O objetivo da marcha é sensibilizar o Executivo e Congresso a negociarem a pauta trabalhista, que este ano traz 12 itens, entre os quais destacam-se o fim do Fator Previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas e a mudança da política macroeconômica.

Para o dirigente comunista, a 7ª Marcha das Centrais se converte em um momento para levantar as palavras de ordem, as conclamações mais importantes para que o Executivo e o Congresso Nacional tenham ciência de quais são as questões mais centrais para os trabalhadores.


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“Uma iniciativa auspiciosa, porque o movimento social, especialmente o movimento sindical, assume um papel estratégico no processo de mudanças do país. O PCdoB tem reafirmado que sem essa força motriz, que é o movimento social, nós não conseguiremos mudanças profundas em nosso país. De modo que essa organização, que deságua nesta grande marcha em Brasília, torna-se essencial para tornear os movimentos, fortalecer a luta de suas bandeiras e, especialmente, contribui para agitar a arena política de discussão”, argumentou Renato ao falar da centralidade da realização da marcha em Brasília.

Ele destacou que essa grande marcha possui um sentido político muito forte, que é impresso tanto pelos trabalhadores como pelos movimentos sociais de forma geral. Segundo ele, não basta somente se alinhar as lutas puramente reivindicatórias de uma ou outra corporação, é preciso ter domínio das bandeiras que transbordam para o plano político e colocá-las na agenda de discussão de toda a sociedade.

Como exemplo, Renato cita duas bandeiras, levantadas pelos trabalhadores, que possuem um sentido político muito saliente, que a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução do salário e a luta pelo fim do Fator Previdenciário.

“A luta da redução da jornada é uma luta central para avançar no desenvolvimento com valorização do trabalhador, e é bom que fique claro, o Brasil já possui base material suficiente para sustentar uma jornada de trabalho de 40 horas, ou até menor que isso. Sobre o Fator, sabemos o que ele significa para o trabalhador, que é o maior atingido com essa medida, criada pelo ex-presidente FHC (Fernando Henrique Cardoso). Essas duas bandeiras extrapolam suas categorias, são centrais para a sociedade e estratégicas para o desenvolvimento”, explicou o dirigente comunista.

Renato Rabelo também refletiu sobre as demais bandeiras (10% PIB para a Educação, Reforma da Previdência, Política Macroeconômica, Reforma Agrária, Igualdade e oportunidade entre homens e mulheres, Política de valorização dos aposentados, 10% do Orçamento da União para a Saúde, Correção da Tabela do Imposto de Renda, Ratificação da Convenção OIT/158, Regulamentação da Convenção da OIT/151 e ampliação do investimento público na produção do país) e parabenizou o movimento sindical pela iniciativa e o nível do debate que será travado pelos cerca de 40 mil trabalhadores no Congresso Nacional.

“O movimento sindical realiza a 7ª Marcha em uma hora oportuna. Esse ato coroa a tomada nas mãos, por parte dos trabalhadores, de bandeiras que, se por um lado beneficiam a sociedade, por outro colocam o Brasil em outro rumo, no rumo do desenvolvimento”, finalizou o presidente do PCdoB.

Acompanhe a integra da reflexão: