Renato: sem a força do trabalhador não avançaremos nas mudanças
Aproximadamente 40 mil trabalhadores de diferentes categorias participarão, nesta quarta-feira (6), a partir das 9 horas, da 7ª Marcha a Brasília organizada pelas Centrais Sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, CGTB e UGT).
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Publicado 05/03/2013 16:32 | Editado 13/12/2019 03:30
Na edição do programa “Palavra do Presidente” desta semana, Renato Rabelo, presidente do PCdoB, fala direto de Brasília sobre o ato e destaca a centralidade da pauta dos trabalhadores para o desenvolvimento do país. O objetivo da marcha é sensibilizar o Executivo e Congresso a negociarem a pauta trabalhista, que este ano traz 12 itens, entre os quais destacam-se o fim do Fator Previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas e a mudança da política macroeconômica.
Para o dirigente comunista, a 7ª Marcha das Centrais se converte em um momento para levantar as palavras de ordem, as conclamações mais importantes para que o Executivo e o Congresso Nacional tenham ciência de quais são as questões mais centrais para os trabalhadores.
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“Uma iniciativa auspiciosa, porque o movimento social, especialmente o movimento sindical, assume um papel estratégico no processo de mudanças do país. O PCdoB tem reafirmado que sem essa força motriz, que é o movimento social, nós não conseguiremos mudanças profundas em nosso país. De modo que essa organização, que deságua nesta grande marcha em Brasília, torna-se essencial para tornear os movimentos, fortalecer a luta de suas bandeiras e, especialmente, contribui para agitar a arena política de discussão”, argumentou Renato ao falar da centralidade da realização da marcha em Brasília.
Como exemplo, Renato cita duas bandeiras, levantadas pelos trabalhadores, que possuem um sentido político muito saliente, que a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução do salário e a luta pelo fim do Fator Previdenciário.
“A luta da redução da jornada é uma luta central para avançar no desenvolvimento com valorização do trabalhador, e é bom que fique claro, o Brasil já possui base material suficiente para sustentar uma jornada de trabalho de 40 horas, ou até menor que isso. Sobre o Fator, sabemos o que ele significa para o trabalhador, que é o maior atingido com essa medida, criada pelo ex-presidente FHC (Fernando Henrique Cardoso). Essas duas bandeiras extrapolam suas categorias, são centrais para a sociedade e estratégicas para o desenvolvimento”, explicou o dirigente comunista.
Renato Rabelo também refletiu sobre as demais bandeiras (10% PIB para a Educação, Reforma da Previdência, Política Macroeconômica, Reforma Agrária, Igualdade e oportunidade entre homens e mulheres, Política de valorização dos aposentados, 10% do Orçamento da União para a Saúde, Correção da Tabela do Imposto de Renda, Ratificação da Convenção OIT/158, Regulamentação da Convenção da OIT/151 e ampliação do investimento público na produção do país) e parabenizou o movimento sindical pela iniciativa e o nível do debate que será travado pelos cerca de 40 mil trabalhadores no Congresso Nacional.
“O movimento sindical realiza a 7ª Marcha em uma hora oportuna. Esse ato coroa a tomada nas mãos, por parte dos trabalhadores, de bandeiras que, se por um lado beneficiam a sociedade, por outro colocam o Brasil em outro rumo, no rumo do desenvolvimento”, finalizou o presidente do PCdoB.
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