Santos ameaça usar Forças Armadas na greve dos cafeicultores

O presidente da Colômbia, Juan Manuel santos, assegurou que seu governo retomará o diálogo com os cafeicultores em greve, mas advertiu que se os bloqueios se prolongarem, as Forças Armadas garantirão “os direitos de todos os colombianos”.

Greve dos cafeicultores na Colômbia

Milhares de cafeicultores bloqueiam as principais estradas das cidades dedicadas ao cultivo do café e exigem melhoras e apoio para o setor, que atravessa sua pior crise, segundo especialistas.  

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O Movimento pela Defesa e a Dignidade dos Cafeicultores Colombianos exige um aumento da sustentação do setor e explicam que por não fazer as mudanças a tempo estariam a beira de uma profunda crise econômica e social.

Eles também exigem a suspensão da dívida cafeeira e a flexibilização dos futuros créditos, o controle de preços dos insumos e parar com as importações do grão, atualmente, o país compra café do Peru e do Equador com preços muito inferiores aos de exportação e registra custos de produção três vezes maiores que os do Vietnam. 

Também se opõem a megamineração e aos projetos hidroelétricos na zonas de cultivo, pedem a reestruturação da Federação Nacional de Cafeicultores e a não judicialização dos líderes e do setor

Santos pediu nesta terça-feira (5) para o vice-presidente do país, Angelino Garzón, mediar a greve com os cafeicultores. O mandatário advertiu que “se prolongarem-se os bloqueios, as Forças Armadas terão as instruções de cumprir a obrigação legal de garantir os direitos de todos os colombianos”.

Ele qualificou de “absurdo” os bloqueios que os cafeicultores mantêm para que suas demandas sejam ouvidas.

A Colômbia é um país reconhecido por sua produção de café, depende agora da oferta e da procura, depois da aplicação de políticas neoliberais, uma das causas desta crise, passou do segundo para o quarto lugar nos mercados internacionais.

Fonte: Prensa Latina