Cesta básica fica mais cara em 15 das 18 capitais pesquisadas

Dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica apresentados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nesta quinta-feira (7), mostram que em fevereiro, os preços dos gêneros alimentícios essenciais subiram em 15 das 18 capitais pesquisadas.

As maiores elevações foram apuradas em Recife (8,35%), Fortaleza (7,22%), e João Pessoa (7,11%). Já nas capitais Vitória (-0,63%), Goiânia (-0,56%) e Brasília (-0,24%) houve retração.

Poré, segundo a pesquisa, em fevereiro, São Paulo continuou sendo a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 326,59).

Depois aparecem Porto Alegre (R$ 318,16), Florianópolis (R$ 314,46) e, com valor semelhante, Manaus (R$ 314,18). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 238,40), Campo Grande (R$ 269,38) e Salvador (R$ 270,04).

Cesta x salário mínimo

O Dieese também apurou que, em fevereiro, para comprar os gêneros alimentícios essenciais, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou realizar, na média das 18 capitais pesquisadas, jornada de 94 horas e 57 minutos, tempo superior às 92 horas e 17 minutos exigidas em janeiro. Em relação a fevereiro de 2012, a jornada comprometida também foi maior, já que naquele mês eram necessárias 85 horas e 30 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em fevereiro deste ano, 46,91% de seus vencimentos para comprar os mesmos produtos que em janeiro demandavam 45,59%. Em fevereiro de 2012, o comprometimento do salário mínimo líquido com a compra da cesta equivalia a 42,24%.

Com informações do Dieese