João Derly media painel sobre legados das Olimpíadas

Na manhã desta segunda-feira (11), o vereador e bi-campeão mundial de judô, João Derly (PCdoB), mediou o painel sobre as perspectivas e o legado das Olimpíadas de 2016, que acontecerão no Rio de Janeiro. Participaram do debate o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, e o secretário estadual de Esporte, Kalil Sehbe.

seminario legados olimpiadas - Flavia Lima Moreira

 No anfiteatro lotado da Sogipa, Sehbe falou da importância da gestão no esporte e que o Rio Grande do Sul vive momento especial nesse sentido. Para o secretário, é preciso investir em esporte escolar. “O começo de tudo está nas escolas. E passa pela valorização dos profissionais que estão nas escolas. O atleta, para chegar num clube, é descoberto na escola. Esse é o principio do esporte” afirmou. Ainda segundo Kalil Sehbe, a Lei de Incentivo ao esporte é essencial. Ele lembrou que em 2012 foram aprovados R$ 12 milhões em recursos e que, para 2013, a expectativa é de quase R$ 40 milhões.

O secretário do Ministério do Esporte Ricardo Leyser destacou a importância da participação dos atletas na gestão do esporte brasileiro, seja na gestão pública ou privada. Leyser iniciou sua participação no painel lembrando a III Conferência Nacional do Esporte, que ocorreu em junho de 2010 e tinha como lema “Por um time chamado Brasil: 10 pontos em 10 anos para projetar o Brasil entre os 10 mais”.

Ricardo Leyser defendeu a profissionalização da administração das entidades esportivas. “Há recursos, mas não conseguem ser efetivados”, relatou, citando o exemplo da ginástica, que tem mais de R$ 7 milhões em recursos para compra de equipamentos e não conseguiu efetuar a compra.
Outro ponto abordado pelo secretário nacional foi a contradição entre financiamento e gestão. Segundo ele, o financiamento público, e gestão privada. Um dos problemas apontados em sua apresentação diz respeito à inexistência de um sistema nacional articulando união, estados e municípios. Leyser também apontou a ausência de avaliação de resultados e a dificuldade de identificar e desenvolver atletas.

Alto rendimento – Ricardo Leyser falou sobre o sistema nacional de alto rendimento e a necessidade da formulação de uma política que integre governo, COB ou CPB e Confederações. “Sem a articulação adequada, não teremos os resultados que temos potencial de conquistar. O Ministério tem avançado muito e algumas medidas estruturantes já foram definidas, como a lei 12.395 de 2011, que cria a rede nacional de treinamento , aprimora o Bolsa atleta, cria o Bolsa Atleta Pódio, cria o programa Cidade Esportiva e estabelece contratos de desempenho. Sem dúvida essas medidas já nos permitiram avançar e nos dão margem para crescermos ainda mais”, explicou.

Olimpíadas – O Plano Brasil Medalhas 2012 apresentado por Ricardo Leyser tem como objetivo classificar o Brasil entre as 10 principais potências olímpicas em 2016 e entre as cinco das paralimpíadas. Para isso, o governo federal investirá R$ 1 bilhão entre 2013 e 2016. “O Ministério do Esporte tem um plano de ação que vai da base nas escolas e segue até os centros nacionais de treinamento. Isso para chegarmos em 2016 preparados. E, assim, conseguiremos projetar as Olimpíadas seguintes, fazendo o esporte no Brasil crescer cada vez mais”, disse.

Sobre o legado das Olimpíadas de 2016, Leyser citou a infraestrutura que o governo federal está criando. Citou como exemplo os Centros de Iniciação ao Esporte, que terão investimento de R$ 800 milhões pelo PAC. “Devem ser criados 300 em todo o país e eles servirão para a nacionalização do legado das Olimpíadas. Além de serem uma oportunidade para os municípios qualificarem a infraestrutura esportiva e para a formação de atletas nas cidades”, finalizou.
Após a apresentação de Leyser, os presentes no painel puderam tirar dúvidas e manifestar suas opiniões.

Pela tarde, João Derly, Ricardo Leyser e João Luis dos Santos – chefe de gabinete do ministro Aldo Rebelo – reuniram-se com o prefeito José Fortunati, visitaram o CETE e o Grêmio Náutico União.

Para o Vermelho, 
Flávia Lima Moreira