Colombianos solicitam participação nos diálogos de paz

A guerrilha, que retomou os diálogos com o governo na última segunda-feira (11), divulgou que a Anzorc pediu que a mesa acompanhe as deliberações do 3º Encontro Nacional de Zonas de Reserva Camponesa, que ocorrerá nos dias 22 e 23 de março, em San Vicente del Caguán. 

No comunicado as Farc defendem a participação das comunidades rurais nas decisões “sempre dando prioridade aos interesses sociais, desenvolvimento sustentável,  proteção ambiental e a produção alimentar soberana”, destacam .

A insurgência também reafirmou apoio para  iniciativas populares para o fortalecimento da produção agrícola familiar e “proteger o território da grande exploração extrativista que possam afetar a sustentabilidade ambiental”.

Exigiram que governo colombiano formalize cerca de 9,5 milhões de hectares de terra que compreendem as organizações das Zonas de Reserva Camponesa "que são vetadas pelo Ministério da Defesa".  

“O governo deve acabar com a estigmatização e perseguição que o Ministério da Agricultura faz contra as Zonas de Reserva Camponesa e seus dirigentes e acabar com a repressão e as violações aos direitos humanos", diz o texto. 

O documento diz ainda que  insurgência exigirá a suspensão das licenças ambientais e os megaprojetos de exploração e defenderam que a redução das terras da Zona de Reserva Florestal beneficiem a criação e fortalecimento das Zonas de Reserva Camponesa e produção alimentar como entes territoriais autônomos.

As Farc e o governo colômbiano iniciaram os diálogos de paz desde o dia 19 de novembro e a questão agrária é um dos prinipais temas debatidos para acabar com o conflito armado que dura há mais de meio século.

Veja o especial do Vermelho sobre os Diálogos de Paz 

Da Redação do Vermelho, Érika Ceconi