Governo colombiano e Farc-EP iniciam sexto ciclo de diálogos 

O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) retomaram as conversações de paz nesta segunda-feira (11), em Havana (capital cubana), depois de vários dias de recesso na mesa de diálogos.Colômbia: Governo e Farc-EP iniciam 

As partes fecharam, no passado 1º de março, o quinto ciclo de conversas (que foram instaladas em Cuba no passado 19 de novembro), e entraram em um recesso de mais de uma semana. Essa etapa é aproveitada, segundo as partes, para realizar consultas internas e fazer uma revisão do que foi abordado no processo.

Neste sexto ciclo, o diálogo prosseguirá centrado no tema da terra, o primeiro dos seis pontos acordados pelos interlocutores na mesa, que tem a sua sede no Palácio de Convenções de Havana, com Cuba e Noruega como garantidores, e Venezuela e Chile como observadores.
As equipes de paz da guerrilha e do Executivo, encabeçados pelo comandante Iván Márquez e pelo antigo vice-presidente Humberto de la Calle, respectivamente, concordaram em reconhecer avanços nas conversações, há 10 dias.

Em um comunicado conjunto, destacaram os passos dados em questões como o acesso e uso da terra, a formalização da propriedade e a fronteira agrícola, entre outras.

Também ressaltaram o aporte da sociedade colombiana ao processo, com suas propostas e critérios recolhidos através dos mecanismos criados pelo Governo e pelas Farc-EP, para a participação cidadã.

A visão comum sobre a marcha de aproximação demonstrou preocupações, logo após diferenças relevantes terem sido expressadas em público pelas partes sobre temas como o cessar-fogo, a captura de militares, a ocupação de terras e o modelo de país que defendem.

O novo processo de paz, depois do fracasso de tentativas anteriores, gera expectativas nos amplos setores da sociedade colombiana, com esperanças para o fim de meio século de um conflito que deixou milhares de mortos e milhões de deslocados.

A partir das aspirações de paz dos colombianos, o governo e as Farc-EP reiteraram seu compromisso com a busca pelo término das hostilidades.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da Redação do Vermelho