Farc dizem que diálogo de paz com governo ‘avançou bastante’ 

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) asseguraram neste domingo (17) que se avançou bastante no primeiro ponto da agenda, sobre a questão agrária, nas conversações de paz com o governo. 

"Avançou-se bastante", disse à imprensa o membro da guerrilha Ricardo Téllez no Palácio de Convenções de Havana, Cuba, sede permanente do diálogo com o governo colombiano.

Com respeito ao pedido da Associação Nacional de Zonas de Reserva Camponesa de que a Mesa acompanhe as deliberações do Terceiro Encontro Nacional dessas zonas, o representante das Farc-EP considerou óbvio que a Mesa deve dar uma resposta.

Acrescentou que seguramente a guerrilha, de uma ou outra maneira, se fará presente.

A insurgência reiterou a solicitação de que se some às negociações o líder guerrilheiro Simón Trinidad, que faz parte da delegação guerrilheira à mesa de diálogo, mesmo estando cumprindo pena de 60 anos de prisão nos Estados Unidos, para onde foi extraditado em 2004.

Igualmente, o líder guerrilheiro pediu ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, a entrega "o quanto antes do cadáver de Raúl Reyes", comandante abatido em 2008 durante um bombardeio do Exército colombiano no território do Equador.

Por seu turno, Santos, em reunião com empresários do setor agrícola neste sábado (16), também fez uma avaliação positiva sobre o diálogo com a guerrilha.

A administração colombiana e a guerrilha prosseguem neste domingo o diálogo de paz centrado no tema agrário, o primeiro de uma agenda de seis pontos que inclui também as garantias para a participação cidadã e a solução ao problema das drogas ilícitas, entre outros.

Ambas as partes consideram a questão da terra uma das chaves para pôr fim a décadas de conflito armado na Colômbia.

As Farc-EP e o governo colombiano estão na sexta rodada das conversações iniciadas em Cuba em 19 de novembro do ano passado.

A mesa de conversações tem a ilha caribenha e a Noruega como países garantidores e a Venezuela e o Chile como acompanhantes.

Prensa Latina