Cuba: Urge estudar contribuição de Chávez à teoria revolucionária

“É urgente estudar a grandeza e as contribuições de Hugo Chávez para a teoria revolucionária”, afirmou, nesta segunda-feira (18), o embaixador de Cuba na Venezuela, Sánchez Otero.

Por Orlando Oramas Leon*, na Prensa Latina

Embaixador de Cuba na Venezuela, Sánchez Otero - José M. Correa

“Chávez liderou um processo revolucionário original, singular, criativo, cheio de surpresas para a teoria revolucionária”, sublinhou Sánchez Otero em entrevista para a Prensa Latina. 

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Apontou que o líder da revolução bolivariana “não tinha a dimensão do grande [homem] que era e há um caminho para quem conheceu e sobreviveu para contribuir e explicar os atributos e razões desta grandeza”.

Ele analisou que houve esforços para tentar desconstruir Chávez “como fizeram biógrafos e articulistas para tirar do comandante Ernesto Che Guevara seus atributos revolucionários”.

“Espontâneo, emotivo, com raciocínio rápido, questionador, no melhor sentido da palavra, perspicaz em seus enfoques, muito criativo,extremamente humilde”, assim lembra de Chávez em seu primeiro encontro que ocorreu em 12 de setembro de 1994.

“Comparei [Chávez] com [Luis Augusto] Turcios Lima, com [Omar] Torrijos, com [Juan] Velazco Alvarado, com dirigentes políticos da esquerda. Mas tinha diante de mim um ser humano singular que não cabia nenhum molde.”

“Vi um homem com muita capacidade para resolver a equação do poder, não em um livro, não copiando de um país. Estava inventando uma equação de poder”, revelou. “Desta vez não mencionou a palavra revolução, mas tinha os pés no chão, a mente na necessidade de transformar radicalmente o país e a convicção de que ele poderia conduzir este caminho.”

Para quem permaneceu durante 15 anos à frente da embaixada de Cuba em Caracas, o que mais o impressionou desta primeira reunião foi “quando ao despedir-se com um abraço, me disse: ‘Diga-me o que eu posso ajudar em Cuba’”.

“Isso foi uma definição, porque o assunto Cuba era como um parâmetro que media os valores e posições autenticamente revolucionárias de um político de esquerda na América Latina”, destaca. “Sempre o lembrarei sorridente. Chávez era um homem consagrado a entregar cada minuto de sua vida para ajudar os demais, as pessoas, outros povos, a humanidade. Foi um amigo autêntico.”

Orlando Oramas Leon* é jornalista da Prensa Latina