Maduro anuncia programas para consolidar economia socialista

A consolidação da economia produtiva, diversificada e socialista é uma das metas fundamentais do governo bolivariano. Na noite desta segunda-feira (18), o presidente encarregado do país, Nicolás Maduro, anunciou medidas adotadas pelo executivo para promover o crescimento e o desenvolvimento produtivo do país.

Nicolás Maduro durante o programa Diálogo Bolivariano, realizado no Salão Ayacucho do
Palácio de Miraflores

“No âmbito econômico se buscará o desenvolvimento e a diversificação da economia, a superação do ‘rentismo’ petroleiro e a geração de novas fontes de divisas para o país. Todos estes são elementos fundamentais para confirmar o projeto de economia produtiva, diversificada e socialista frente ao cenário de guerra econômica, em que é preciso atuar em distintas frentes”, explicou Maduro durante o Diálogo Bolivariano.

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Entre as medidas econômicas tomadas estão a aprovação de US$ 1 bilhão para o Fundo Bicentenário Alba-Mercosul; a destinação de mais de 62 milhões de bolívares para conglomerados produtivos; a ativação a partir desta terça-feira (19) do Sistema Complementar de Administração de Divisas (Sicad); entre outros.

Durante o encontro, o presidente se referiu a outros assuntos como as redes sociais e a relação com o twitter, leu e respondeu publicamente algumas mensagens que recebeu em sua conta @NicolasMaduro, que nesta terça (19) superava os 300 mil seguidores.

Sobre a questão da insegurança no país, Maduro reiterou o compromisso de avançar com a Missão a Toda Vida Venezuela para garantir a paz. Lembrou que nos índices de homicídios e sequestros no estado Miranda são o dobro da média nacional. Para atender ao povo da região, designou Elías Jaua Milano como presidente da Corporação de Desenvolvimento Integral do estado Miranda, para o qual se aprovaram 100 milhões de bolívares.

Ações concretas

Com o objetivo de ampliar o alcance do Fundo Bicentenário Alba-Mercosur, foram aprovados US$ 1 bilhão para contribuir com o desenvolvimento da Venezuela como uma potência produtiva, que exporte a países da América Latina e Caribe.

Os recursos estão destinados a “investimentos em tecnologia, para o crescimento da capacidade produtiva e criar o fundo rotativo que permita suportar a capacidade exportadora e construir a rota exportadora”.

Da mesma forma, foram destinados 62.264.027 bolívares para os conglomerados produtivos, que permitirão fortalecer as novas dinâmicas de produção nacional.

Maduro acrescentou que estas medidas têm como objetivo cumprir os objetivos do Programa da Pátria, elaborado pelo Comandante Hugo Chávez, que busca a transição para o socialismo e a radicalização da democracia participativa e protagonista.

“A nova ética deve produzir para servir ao ser humano, por meio do respeito às novas formas de produção”, enfatizou o presidente.

O governo também aprovou 100 milhões de bolívares, pertencentes ao Fundo Bicentenário, que serão destinados para o plano Venezuela Produtiva.

“Isso com a finalidade de gerar novos canais de distribuição que rompam com os mecanismos especulativos do capital”, explicou.

Outra ação concreta na área econômica, foi a aprovação de uma taxa preferencial de 4 pontos percentuais sobre a taxa geral para os créditos de manufatura a pequenas e médias empresas privadas, mistas, conjuntas, comunais e estatais.

Sistema complementar para divisas

Com o objetivo de vencer o dólar paralelo, o executivo anunciou a criação do Sistema Complementar de Administração de Divias (Sicad). O presidente do Banco Central de Venezuela (BCV), Nelson Merentes, explicou que as instituições já estão preparadas para ativar o sistema.

“Está bem definido. Os dólares têm que ir para a atividade produtiva”, afirmou Merentes ao mesmo tempo que afirmou que o novo mecanismo deve influenciar no crescimento econômico e pressionar para a baixa dos preços.

Distribuição justa

As medidas econômicas anunciadas correspondem ao constante investimento social que o governo bolivariano teve nos últimos 14 anos, que equivale a US$ 551 bilhões, como detalhou o ministro de Planificação, Jorge Giordani.

“Não é somente um investimento produtivo, mas o investimento no campo social, que permite o aumento de uma produtividade a longo prazo, e isso se converterá em crescimento e notaremos não somente nos próximos seis anos, mas em décadas”, disse Giordani.

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva, com AVN

*Notícia alterada em 20/03 às 14h50 para correção de informação