Israel deve responder por crimes diante de Tribunal Internacional

O Tribunal Bertrand Russel sobre a Palestina pediu neste domingo (17) ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que investigue os crimes cometidos pelo regime isralense nos territórios ocupados palestinos.

O tribunal, que investigou durante quatro anos os crimes israelenses, anunciou em um encontro realizado em Bruxelas, capital da Bélgica, que "apoiaria todas as iniciativas da sociedade civil e organizações internacionais encaminhadas a obrigar o regime israelense a apresentar-se ao TPI".

O Tribunal Russell para a Palestina foi criado em março de 2009 com a finalidade de promover iniciativas e defender os direitos da nação palestina. É parte do Tribunal Bertrand Russell, também conhecido pelo nome de Tribunal Internacional para Crimes de Guerra, fundado pelo filósofo britânico Bertrand Russell e depois liderado pelo filósofo e dramaturgo francês Jean-Paul Sartre.

O tribunal reunia provas desde 2009, antes de adotar 26 recomendações em sua quinta e última sessão final em Bruxelas.

O tribunal pediu ainda que o TPI reconheça a jurisdição da Palestina e solicitou uma sessão especial do Comitê Especial da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o apartheid israelense para examinar os crimes do regime sionista.

Também conclamou o boicote das mercadorias israelenses, em especial daquelas produzidas nos assentamentos israelenses nos territórios ocupados da Cisjordânia.

Os membros do Tribunal acusaram os Estados Unidos, a ONU e a União Europeia de cumplicidade com o regime israelense na violação das leis internacionais.

Cabe assinalar que, em 29 de novembro de 2012, a Suécia apoiou uma resolução que reconhece a Palestina como Estado observador não membro da ONU.

Crimes contra prisioneiros

Nesta segunda-feira, mais um crime foi cometido pelo regime israelense contra o irmão de um prisioneiro político palestino. Ayman Sharawna, morador da Cisjordânia, foi deportado pelas autoridades de ocupação israelense para a Faixa de Gaza depois de 260 dias em greve de fome, por seu irmão que está preso por Israel.

Sharawna foi deportado para a Faixa de Gaza por 10 anos, sem ter o direito de retorno para a casa onde sua família mora na Cisjordânia.

Shrawana assinou um documento aceitando a deportação como um acordo depois da deterioração de sua saúde, conforme os boletins médicos.

O ministro palestino para Assuntos dos Prisioneiros, Qaraqi, disse que a deportação de um prisioneiro do seu lugar de residência e de sua família é violação de todas as leis e convenções internacionais e humanitárias.

Shrawna chegou à Faixa de Gaza e foi recebido pelos representantes das forças e entidades nacionais palestinas e levado direto para o hospital, onde sua saúde permanece estável.

Nesta segunda, as forças de ocupação israelenses prenderam Jihad Shrawna, irmão de Ayman Shrawna, como uma maneira de vingança e para atingir sua família.

Com agências