Sessão Ordinária na Câmara de Salvador debate combate ao racismo

Instituir políticas públicas de combate ao racismo. Esta é a principal pauta do Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, que transcorre nesta quinta-feira (21/03). Nesta data, também é comemorada a fundação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

Para o coordenador da Unegro (União de Negros pela Igualdade) e diretor do PCdoB Salvador, Jerônimo Silva Júnior, apesar da data de hoje servir lembrar à sociedade, este é um problema que precisa ser combatido e debatido todos os dias. “A luta por mudança na realidade do negro tem que fazer parte do cotidiano das pessoas”, afirma.

Em sessão ordinária realizada nesta quarta-feira (20/03) na Câmara Municipal de Salvador, foi destacada a necessidade de ações inclusivas e sugerida a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial na Casa. Além disso, os vereadores se comprometeram em ampliar o debate sobre o tema e criar políticas públicas para a população soteropolitana.

Ações

A Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, formada por entidades do poder público e representativas da sociedade civil organizada, terá um centro de referência instalado na Fundação Pedro Calmon, avenida Sete de Setembro, Centro de Salvador. A unidade será preparada para receber denúncias e prestar orientações, bem como encaminhar as vítimas aos órgãos que operam no combate à discriminação racial no Estado.

No Distrito Federal, a Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial lançou o Disque Racismo. Um serviço de proteção aos direitos das populações negra, indígena, quilombola, cigana e ribeirinha, que vai receber, acolher e acompanhar denúncias de caráter discriminatório étnico-raciais ocorridas na localidade, além de oferecer assistência às vítimas.

A Data

O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em referência ao Massacre de Sharpeville, em Joanesburgo, na África do Sul, ocorrido em 1960, quando 20 mil pessoas faziam um protesto contra a Lei do Passe e 69 foram mortas e 186 ficaram feridas, após a polícia do regime de apartheid abrir fogo contra os manifestantes.

De Salvador,
Maiana Brito, com agências