Organização palestina denuncia uso de armas químicas por Israel

O regime sionista israelense empregou armas de destruição em massa (ADM), assim como helicópteros e outros equipamentos militares para lutar contra os palestinos em suas últimas ofensivas contra a Faixa de Gaza. A acusação foi feita já inúmeras vezes e repetida pelo Conselho Islâmico da Palestina no Líbano, nesta quinta-feira (21). 

Fósforo branco usado por Israel contra a Faixa de Gaza - Palestine Chronicle

O diretor do Conselho, Xeique Mohamad Nimr al-Zaghmout, durante sua entrevista concedida à agência de noticias persa Fars, afirma que o regime israelense utilizou “os piores meios disponíveis nas ofensivas contra territórios palestinos”.

“O que se viu nas guerras recentes do regime sionista contra os residentes da Faixa de Gaza não foi mais que uma guerra assimétrica; eleger como alvo as zonas residenciais e a destruição massiva de pessoas desarmadas e indefesas”, disse Al-Zaghmout.

O diretor, ao condenar os crimes cometidos pelo regime de Israel contra a população palestina e libanesa, detalhou que este regime usurpador utilizou armas proibidas (como o fósforo branco, segundo o Relatório Goldstone, extenso documento da missão da ONU de verificação que esteve em Israel e em Gaza), nas guerras de 22 dias e de 8 dias contra Gaza nos anos 2008/2009 e 2012.

De acordo com Al-Zaghmout, todos estes crimes cometidos contra a humanidade tiveram como objetivo “massacrar uma nação oprimida e indefesa”, o que não é aceitável em qualquer doutrina lógica.

Por tanto, o diretor do Conselho insistiu na punição dos líderes criminosos do regime de Tel-Aviv e disse que “o Ocidente e os EUA deveriam colocar fim a este regime criminoso”.

A ofensiva militar israelense de 8 dias, em novembro de 2012, contra o enclave costeiro palestino deixou mais de 160 mortos, entre eles mulheres e crianças palestinas, além de 1.200 feridos.

Antes, em 2008-2009, a intensa operação militar deixou 1.400 mortos, danos extremos à infraestrutura (incluindo escolas, hospitais, poços de água e agências da ONU), naquele que é o território mais densamente habitado no mundo. Os danos foram contabilizados em cerca de 1,6 bilhões de dólares à economia de Gaza.

O uso de fósforo branco e de equipamentos militares recém-desenvolvidos foi amplamente condenado (o que levou Israel a ser acusado de crimes de guerra pelo Relatório Goldstone) e classificado até por soldados israelenses como “exercícios de guerra” ou “experimentos” bélicos.

O governo israelense confirmou o uso da arma química "em espaços não habitados, para a iluminação noturna", apesar de haver evidências concretas do seu uso contra áreas urbanas, atingindo inúmeras pessoas que ficaram gravemente feridas.

Com HispanTV,
Da redação do Vermelho