SSA: Insegurança ameaça funcionamento das escolas municipais

Com saldo de uma aluna vítima de uma descarga elétrica, paralisação de docentes e discentes depois disso, a diretoria da APLB Sindicato esteve na Escola Municipal Dona Arlete Magalhães, em Castelo Branco, Salvador, e constatou que a unidade escolar não tem mesmo nenhuma condição de funcionamento, assim como outras dezenas da capital. Bebedouros e carteiras quebrados, salas quentes e mal iluminadas, sem porta, mesas e telhado, mato nas áreas de lazer, fios desencapados, paredes rachadas.

Além da infraestrutura comprometida, alunos e professores convivem com o medo da violência do bairro, pois são ameaçados por marginais, que pulam o muro da escola para assaltar. Por conta disso, pedem o aumento do muro e novos vigilantes. Para a diretora da APLB, Jacilene Nascimento, não é possível que a prefeitura tenha deixado a situação chegar a este ponto. “Não existe a mínima condição de oferecer um ensino de qualidade. Não é possível aprendizado dessa forma”.

Presente durante a visitação do Sindicato, o sub-secretário da Educação Eliezer Cruz pediu um prazo de 10 dias – até 1º de abril – para sanar os problemas mais graves na unidade de ensino. De acordo com o representante da Secretaria Municipal da Educação serão feitas intervenções hidráulicas e elétricas. Mas, para isso, antes tem que ser feita licitação. Ou seja, a dita reforma só deve começar lá para o segundo semestre.

Segundo a APLB, se após a obra a escola continuar sem condições de atender os alunos, os professores não vão voltar à sala de aula. “Estaremos presentes em todas as unidades que apresentarem este tipo de problema e vamos exigir soluções por parte da prefeitura”, alerta professora Jacilene.

De Salvador,
Maiana Brito, com agências