Chile: Estudantes são presos ao protestar por educação gratuita
Confrontos entre manifestantes e a polícia foram registrados nesta quinta-feira (28) no centro de Santiago na primeira manifestação de estudantes autorizada pelo governo neste ano. Os manifestantes, assim como já fazem há dois anos, exigem uma profunda reforma educacional no país, que conta com um dos sistemas de ensino mais desiguais do mundo. Pelo menos 60 pessoas foram presas.
Publicado 29/03/2013 15:24
A passeata, convocada por assembleias de universitários e estudantes do ensino médio, foi autorizada pela prefeitura e partiu pouco antes do meio-dia em frente à Universidade de Santiago, no oeste do centro da capital chilena.
No entanto, quando passavam pela Alameda Central ocorreu o choque entre a polícia e os manifestantes que, em resposta ergueram barricadas.
Manuel Erazo, porta-voz dos universitários, reclamou da repressão policial e da mudança do percurso, realizado na última hora. “Queremos o fim dos lucros e isso significa acabar com os empresários da educação” disse.
As organizações estudantis anunciaram um comparecimento de 20 mil pessoas ao protesto. Já a polícia não forneceu um número estimado de manifestantes.
O ministro do Interior chileno, Andrés Chadwick, divulgou seu apoio aos carabineiros. “Não foram respeitadas as autorizações concedidas e um grupo de estudantes acredita que tem o direito de gerar desordem”, justificou.
Um policial ficou ferido e um menor foi detido com um coquetel molotov. Jovens também protestaram no porto de Valparaíso.
Os estudantes iniciaram suas reivindicações por uma educação pública gratuita e de qualidade em 2011.
Com Opera Mundi