AP denuncia falta de compromisso e violência de Israel

O porta-voz da presidência Nabil abu Rudineh disse que o presidente Mahmoud Abbas está fazendo ligações a todos os atores regionais e internacionais para explicar as implicações da escalada de violência para a segurança e a estabilidade na região, em adição às implicações aos esforços dos EUA para reavivar um processo de paz.

Ele disse ainda que a insistência do governo israelense neste agudizar das tensões não pode ser tolerada, e responsabilizou Israel também pelas consequências perigosas para a retomada de negociações.

“Essa escalada prova que o governo israelense apenas olha para a realidade através do poder bruto; as atividades de assentamento e judaização, que destrói todas as chances de paz e de uma solução de dois estados que tem o consenso internacional”, disse Abbas.

Durante encontro com o presidente Barack Obama, em 21 de março, Abbas disse ter explicado sobre "os riscos para a solução de dois Estados devido às construções de assentamentos, sem precedentes, realizadas pelo governo, assim como a rejeição por todos os acordos já assinados". 

Abbas disse que apesar do comprometimento da Autoridade Palestina com a segurança e a estabilidade, "Israel usa força excessiva contra protestantes palestinos pacíficos e reprime protestos pacíficos, o que de forma alguma é aceitável".

Os soldados israelenses mataram a tiros dois adolescentes palestinos durante confrontos perto de Tulkarem, na Cisjordânia, nesta quarta-feira (3).

Maysara Abu Hamdiya, um palestino detido em uma cárcere israelense, morreu de câncer neste sábado (30/3), devido a negligência médica.

Às vésperas da visita do secretário de Estado dos EUA John Kerry, no próximo final de semana, para uma tentativa de reabertura das negociações, Abbas disse também que Israel precisa estabelecer uma posição clara com relação às fronteiras palestinas, para demonstrar o seu compromisso com o processo.

Com agências,
da redação do Vermelho