Mudanças no vestibular da UnB não afetarão qualidade da formação

Reitor diz que mudanças são adotadas para cumprir o que determina a Lei das Cotas.

O edital do 2º vestibular 2013 da Universidade de Brasília (UnB) ainda não saiu, mesmo assim, docentes, pais e alunos demonstram preocupação diante das mudanças sinalizadas pela instituição, como mostrou o “Correio Brasiliense” na edição de ontem. A partir de agora, as questões discursivas, conhecidas como tipo D, passam a ser classificatórias e não mais eliminatórias, tornando, de certa forma, mais fácil a ingresso dos candidatos à universidade.

Os 20% de acertos exigidos nesses itens deixam de existir. Resultado nulo nessas perguntas, portanto, não inviabiliza a aprovação. Por trás da novidade, está o baixo índice no preenchimento das vagas nos últimos certames, principalmente as destinadas aos alunos de escolas públicas, enquadrados nas cotas sociais.

O reitor da UnB, Ivan Camargo, é categórico ao dizer que não haverá um rel axamento no vestibular. “Nós continuaremos selecionando os melhores. Não mudou em nada, só não temos interesse em deixar vagas ociosas. Não podemos abrir 40 oportunidades e ver passar apenas quatro pessoas”, explicou.

Camargo acredita que o percentual de 12,5% das cotas sociais seja, então, atingido com a adoção da medida tomada pela instituição (Leia O que diz a lei). “Não vamos deixar o vestibular fácil, afinal, todos sabem que a prova é difícil. Não faz sentido você criar uma prova em que não passe ninguém”, justificou. O reitor salientou que a instituição busca, cada vez mais, melhorar o acesso à universidade pública.