Depoimentos de perseguidos encerram Semana "Memória e Direitos Humanos"

Nesta sexta-feira (05/04), a partir das 18h, a Comissão Permanente de Direitos Humanos e Cidadania realiza no Plenarinho, dentro da Semana Municipal 'Memória e Direitos Humanos', a última atividade relacionada ao tema. O evento é aberto ao público com entrada pela Avenida Engenheiro Roberto Mange, 66 – bairro Ponte Preta.

memória

Em parceria com o Conselho Municipal de Direitos Humanos de Campinas e outras entidades, a Câmara Municipal sediou na terça-feira (02/04) um debate com o Secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, onde ele sugeriu a substituição de nomes como os da Vila 31 de Março e Vila Costa e Silva, na região leste da cidade, ou Vila Castelo Branco, na região noroeste. “Precisamos evitar remissões que possam estimular o autoritarismo ou ações que permitam a repetição de fatos como aqueles que resultaram em crimes contra a humanidade”, argumentou. Segundo ele, processos semelhantes de revisão já foram iniciados em Belo Horizonte e Florianópolis.

No fechamento da Semana, acontece Painel “Memória e Resistência Política” que trata da ação da ditadura em Campinas, com militantes políticos e sindicais dos anos 60 e 70. Nele Irineu Simionato, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Borracha, sob intervenção em 64; Roseli Bianco, militante de esquerda, presa e torturada em Campinas em 1969; Tarcísio Sigrist, docente da PUCC, preso e torturado pela ditadura; e Manoel Lino de Faria, trabalhador do Colégio Evolução, preso e torturado pela ditadura, falarão sobre o que ocorreu com cada um naquele período.

Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, vereador Vinícius Gratti (PSD), resgatar a memória do que houve naquela época é demonstrar o quanto é importante um reposicionamento da sociedade em relação à Lei da Anistia. “É importante a participação em um evento dessa magnitude para que a gente possa reiterar o nosso posicionamento em relação à inconstitucionalidade da Lei onde o Estado promove a auto-anistia, o que afronta o que Direito Internacional, pois trata-se de crimes cometidos pelo Estado contra a Humanidade”, salienta.

De Campinas, com texto da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal.