Guantânamo: ONU pede fechamento por violar direito internacional
A Alta Comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu aos Estados Unidos o fechamento de Guantânamo por considerar que manter pessoas detidas por um período indefinido “representa uma clara violação do direito internacional”.
Publicado 05/04/2013 15:55

Pilay ressaltou que na base estadunidense de Guantânamo há uma grande quantidade de pessoas detidas arbitrariamente e muitas delas se encontram em greve de fome. De acordo com o Pentágono, 40 presos mantêm a greve de fome. Já os advogados dos prisioneiros garantem que são mais de 100 pessoas que se encontram sem comer em protesto para serem transportadas a seus países de origem e conhecer suas condenações.
“A detenção por tempo indefinido de muitos detentos equivale a uma detenção arbitrária e isso é uma clara violação do direito internacional”, defendeu a funcionária sobre a prisão criada pelos Estados Unidos após o ataque às Torres Gêmeas, em 2001, para prender supostos islâmicos radicais.
Segundo estimativas, a metade dos 166 detidos foram autorizados a serem transportados para prisões de seus países de origem ou a terceiros países, em caso de não poderem voltar a seu próprio por alguma ameaça a sua integridade.
No entanto, todos continuam na prisão sob o controle estadunidense.
Pillay lembrou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu várias vezes fechar a prisão e lamentou que ainda não o tenha feito visto que já se encontra em seu segundo mandato, como informou a agência Efe.
A alta comissária destacou a transgressão estadunidense às normas internacionais ao lembrar que entre os prisioneiros há vários em situação de “prisão indefinida”.
O especialista da ONU contra a tortura, , Juan Méndez, revelou que há anos solicita aos Estados Unidos permissão para visitar Guantânamo e que o governo o autorizou mas não permite que ele fale com os detentos.
Da Redação do Vermelho,
com Telám