Em artigo, Campello fala sobre os planos operacionais da Copa

Ney Campello *

Os ciclos de planejamento do Mundial 2014 do Ministério do Esporte indicam este como o momento para a implementação das ações operacionais de viabilização da Copa das Confederações (FCC).

Isto significa acionar e integrar uma complexa rede de parceiros e atividades que, coordenadas competentemente, irão assegurar o pleno êxito da competição programada para junho de 2013. Os planos operacionais demandam um perfeito alinhamento entre União, Estado e Prefeitura, concessionárias de serviços, agências públicas, Fifa/COL e entes privados que atuem como operadores ou prestem suporte ao evento.

No último dia 27 de março, todos eles estiveram reunidos em Salvador, produzindo uma agenda detalhada das providências que vem sendo conduzidas pelos Grupos Executivos de Trabalhos, constituídos pela Secopa, como parte da governança da Copa na Bahia. Alguns exemplos dentre os temas abordados demonstram a criticidade e, ao mesmo tempo, os legados que ficarão para Salvador em razão destes planos.

Nas telecomunicações, investimentos em fibra ótica e banda 4G facilitarão o acesso à internet de alta velocidade; na segurança, 5.774 agentes policiais estarão trabalhando, um novo centro de comando e controle vai operar em parceria com o Parque Tecnológico, mais de duas centenas de câmeras farão videomonitoramento para garantir a segurança dos visitantes, as forças armadas tem um plano tático e operacional, relativos à defesa do país . Energia e geradores assegurarão redundância nas transmissões dos jogos, o voluntariado prestará indiscutível papel na orientação dos nossos visitantes. Na saúde, está em curso o mapeamento da oferta hospitalar nas redes de referência pública e privada, além dos serviços de emergência que vão operar durante o período.

Idêntico e consistente trabalho, entre Estado e Prefeitura, elabora um Plano Operacional de Mobilidade Urbana. As recentes medidas anunciadas pela Presidenta Dilma, o Governador Jaques Wagner e o Prefeito ACM Neto, na inauguração da Arena, terão importante impacto positivo na operação da competição em 2014.

Um bilhão de reais em vias e intervenções estruturantes contribuirão para desafogar o tráfego na cidade, e o consenso alcançado para o metrô, independente de Copa, será um dos maiores legados que resultarão da passagem desses eventos. Finalmente, um Plano de Comunicação matricial e de caráter transversal é elemento primordial para o fluxo dos serviços e suas interdependências, garantindo informação ágil e consistente a todos que demandarão orientação durante as competições.

Os planos operacionais da Copa constituem legado institucional de profissionalização e qualificação dos serviços públicos, representam uma nova cultura de funcionamento do aparelho estatal, marcada pelo diálogo e cooperação permanentes, uma oportunidade ímpar para superarmos a velha prática da fragmentação nas ações dos entes federativos, que resultam em desperdícios e superposições improdutivas.

*Ney Campello é secretário estadual para Assuntos da Copa (Secopa).